O médico revelou em uma coletiva que, aos 76 anos, o
físico sofria com a arteriosclerose - quando as paredes das artérias ficam mais
espessas e menos elásticas. Além disso, ele tinha muitas dores na vesícula.
"Ele frequentemente reclamava de dor no seu abdome e nas costas, mas
sempre foi estoico quanto a isso", diz o médico, segundo registro do Daily
Princetonian, jornal da Universidade de Princeton, onde o físico
trabalhava.
Em uma consulta, o cientista reclamou de
dores mais fortes ao médico. Segundo o especialista, "um pequeno
sangramento de um saco aneurismático atrás da aorta causava mais dor que o
normal". Einstein ainda teve náusea e vômitos. O físico recebeu duas
injeções para diminuir a dor e, segundo o médico, teve oito horas "relativamente
confortáveis" de sono.
O médico diz que ele e Frank Glenn,
especialista de Nova York, discutiam a condição abertamente com o físico, mas
este era "extremamente contra uma cirurgia". No dia seguinte à
reclamação de dor, os médicos tiveram que dar mais sedativos para confortar o
teórico. "Ele começou a mostrar desidratação devido à inabilidade de tomar
e reter líquidos" no dia seguinte.
Einstein teve que ser levado ao Hospital
de Princeton, passagem que o médico havia dito que seria "rotineira".
"Ontem, ele parecia fazer considerável progresso", disse Dean.
Diversos médicos trabalhavam no caso e eles acreditavam que, com a melhora do
físico, o sangramento da aorta tinha sido muito pequeno e teria fechado
sozinho.
Dean afirmou que viu Einstein vivo pela
última vez às 11h de um domingo. "Ele dormia silenciosamente e eu não
acordei ele". À 1h15 da madrugada, o médico recebia a ligação de Alberta
Roszel, enfermeira do hospital. Ela relatava que o famoso cientista não havia
resistido ao derrame da aorta.
Segundo a enfermeira, Einstein murmurou
alguma coisa em alemão enquanto dormia e parou repentinamente. Quando o padrão
de respiração mudou, ela chamou por ajuda. Com a ajuda de outra enfermeira,
tentou levantar a parte de cima da cama, quando o cientista inspirou profundamente
duas vezes e expirou pela última vez, à 1h12 de uma segunda-feira, dia 17 de
abril de 1955.
Um exame feito por Thomas S. Harvey,
patologista do hospital, revelou que a aorta de Einstein teve um endurecimento
severo em uma grande protrusão em um dos lados. Essa parte acabou por romper e
causou uma lenta perda de sangue - o suficiente para tirar a vida de um dos
mais conhecidos nomes da ciência.
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