A
região metropolitana de São Paulo atingiu em 2012 o pior índice de poluição por
ozônio (O3) nos últimos dez anos, mostra relatório anual de qualidade do ar da
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). O informe revela, ainda,
que quase 10% da qualidade do ar foi considerada inadequada ou má no ano
passado, outro recorde da década.
O ozônio ultrapassou o padrão diário de qualidade do ar (150
partículas inaláveis) durante 98 dias, isto é, o ar ficou mais poluído do que
deveria durante 27% do ano passado - o recorde anterior era de 2011, com 96
dias acima da média. A Cetesb pondera, no entanto, que o número de estações
aumentou de 13 para 19 em um ano.
Principal gás da névoa
fotoquímica, o ozônio se forma a partir da reação entre os óxidos de nitrogênio
e os compostos orgânicos voláteis, liberados na queima incompleta de
combustíveis (a fumaça dos carros, por exemplo), na presença de luz solar. Ele
produz uma gama de substâncias agressivas e uma
grande quantidade de aerossóis secundários que afetam a saúde humana,
além de causar danos à vegetação natural da cidade e às plantações.
O poluente é influenciado diretamente pelas condições
meteorológicas, como a variação da nebulosidade, a quantidade de radiação solar
e as altas temperaturas. Por isso, explica a Cetesb, o ozônio apresenta grandes
concentrações na época da primavera e do verão.
Os
piores meses de concentração de O3 foram fevereiro e outubro de 2012, que
registraram 18 dias com taxas acima do recomendado, seguidos por dezembro (14
dias) e setembro (13 dias). Apenas maio e junho não tiveram concentração do
poluente maior do que o estipulado.
A pior qualidade do ar na capital
foi registrada pelas estações do Ibirapuera, na zona sul, e da Mooca, na zona
leste. O Ibirapuera somou 78 ultrapassagens do nível
recomendado de ozônio, sendo 17 delas no estágio de atenção (acima das 200
partículas inaláveis); e a Mooca, 58 ultrapassagens, sendo 14 registros de
atenção.
Já os piores índices na Grande São
Paulo foram observados nas estações de Mauá e São Caetano do Sul,
com 61 (sendo 12 de atenção) e 57 ultrapassagens diárias (17 de atenção),
respectivamente. Segundo a Cetesb, esse aumento ocorreu nas estações de
medição onde há bastante emissão de precursores do O3, como a fumaça veicular.
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