Um
ex-funcionário da corretora norte-americana Rochdale Securities se declarou
culpado deante a Justiça dos Estados Unidos por fraude eletrônica, em um esquema
que envolveu US$ 1 bilhão em ações da Apple e levou a corretora em que ele
trabalhava à falência.
David
Miller, de 40 anos, pode pegar até 25 anos de prisão quando a sentença sair, em
8 de julho. Porém, após a confissão de culpa, um acordo pode reduzir sua pena
para um período de cinco a oito anos.
Os
promotores afirmaram que Miller deu uma ordem para compra de 1,625 milhão de
ações da Apple no dia 25 de outubro do ano passado. Ele informou à Rochdale que
a operação era para um cliente da corretora --que, na realidade, havia
encomendado apenas 1.625 ações.
No mesmo
dia a companhia divulgaria seus resultados do terceiro trimestre, e a
expectativa era de que o preço das ações subisse.
No
entanto, as ações da Apple iniciaram ali uma sequência de quedas, e a operação
fez com que a Rochdale perdesse US$ 5,3 milhões. A corretora, que funcionava há
37 anos, deixou de ter o mínimo de ativos exigido por lei após a operação de
Miller, e acabou fechando as portas.
De acordo
com os promotores, Miller também conspirou com um operador de outra corretora,
que não foram identificados no processo.
O operador levou sua corretora a assumir posição vendida em
500 mil ações da Apple, para que Miller pudesse recuperar parte do dinheiro
perdido com a aquisição da Rochdale.
Miller se
rendeu às autoridades federais em dezembro. Ele foi preso, mas libertado sob
fiança de US$ 300 mil.
A
Rochdale não é ré no processo. Daniel Crowley, que foi presidente da companhia,
não foi encontrado pela agência de notícias Reuters para se pronunciar.
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