Foi inaugurada em Moscou uma exposição do famoso escultor italiano Federico Severino. No seu país ele é considerado um "clássico vivo", as suas obras estão presentes nas coleções de muitos museus e galerias de arte e até decoram as paredes do Panteão em Roma.
Os visitantes do salão de exposições da galeria moscovita de Elena Gromova são recebidos por deuses da antiguidade e por heróis da mitologia, por anjos e simplesmente por mulheres belas. À primeira vista as esculturas de Federico Severino parecem feitas de cerâmica com a sua textura e coloração específicas, completamente fora do normal para o bronze. Pelo menos para o espectador russo se trata de uma técnica bastante invulgar.
"Eu fiz o meu primeiro trabalho desse tipo há muitos anos por encomenda", contou Federico Severino à Voz da Rússia. "Mais tarde eu reparei que uma escultura que tem diferentes tonalidades e várias cores produz uma impressão mais viva. Além disso, é importante saber onde esta ou aquela escultura vai ser colocada: em um espaço aberto, ao ar livre, ou em um espaço fechado".
Onde quer que as obras deste escultor se encontrem, elas atraem e retêm a atenção do espectador. Severino consegue unir nos seus trabalhos tanto o dramático como o grotesco, o trágico e o irônico, obriga o espectador a admirar aquilo que horroriza.
"Eu vi pela primeira vez os trabalhos de Federico Severino em Nova York e eles me impressionaram muito", disse à Voz da Rússia a organizadora da exposição Elena Gromova. "Eu procurei-o, viajei para Itália, fui ao seu ateliê. O que mais me impressionou foram as suas esculturas serem muito quentes, muito emocionais".
É possível que seja essa emocionalidade que torne a linguagem do escultor compreensível tanto para um leigo, como para um espectador sofisticado. Qualquer artista que trabalhe no início do século XXI acaba por se virar para as tradições da arte universal. Parece que podemos apreciar infinitamente os trabalhos de Severino ao tentar perceber as suas fontes, a construir possíveis versões. O próprio autor diz que, em primeiro lugar, ele se sente mais próximo da visão da arte de Auguste Rodin. Mas é claro que isso não o limita.
"Eu também me interesso pela arte da Antiguidade Grega e, em parte, pelo gótico. Eu vivo perto de Milão, em redor há muitos centros culturais da Renascença. Isso é inspirador, com certeza, mas por outro lado impõe certas limitações criativas", considera Federico Severino.
As obras de Severino já estiveram por todo o mundo e em qualquer lugar eram recebidas com entusiasmo. O artista espera que elas também sejam do agrado dos espectadores russos. Apesar de estar apenas há poucos dias em Moscou, Severino já conseguiu formar uma opinião sobre a capital russa.
"Eu sinto que vocês têm raízes muito fortes, eu vejo isso quando observo estes ou aqueles monumentos de Moscou, sejam antigos ou modernos. Na moderna arte italiana é muito forte a influência estrangeira, especialmente americana. Para mim é muito triste constatá-lo. Eu sinto que vocês continuam ligados ao vosso passado, o que é muito bom", disse o escultor.
Fonte: Voz da Rússia
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