terça-feira, 29 de outubro de 2013

EUA NÃO CONHECEM O QUE PODEM FAZER COM EGITO


Crises políticos, que perturbaram ultimamente o Egito, e a desilusão da amizade com o Ocidente obrigaram a República Árabe a rever os vetores de sua política externa. Hoje, Cairo pretende dispensar mais atenção à construção de relações com os países a leste do Atlântico, em primeiro lugar com a Rússia. O antigo embaixador do Egito na Rússia, Rauf Saad, falou à Voz da Rússia das razões que estimulam o Egito a se aproximar de nosso país.

Quanto às relações com o Ocidente, Washington, em opinião de Rauf Saad, se desacreditou seriamente com sua posição inarticulada e contraditória em relação à troca do poder na República Árabe do Egito. Saad ressaltou que os Estados Unidos foram interessados em manter no poder a Irmandade Muçulmana como geradora de instabilidade e a queda tão rápida do regime Mohamed Mursi provocou confusão em Washington:

"Considero pessoalmente que os EUA são atualmente muito confundidos e preocupados e que a revolução no Egito, que surpreendeu o mundo inteiro, os colocou numa situação incômoda. Os EUA não conhecem para onde ir e o que fazer".

Não é difícil entender os americanos que na pessoa da Irmandade Muçulmana perderam um bom instrumento de dirigir a política egípcia, tendo sua influência na região sido enfraquecida um pouco. Hoje, a tarefa principal do Egito consiste em construir sem demora uma política independente:

“Se, ao resolver os problemas no nosso país, contarmos com opiniões estrangeiras, planos estrangeiros ou intervenção estrangeira, isso poderá levar a consequências perigosas. Devemos resolver tudo dentro do nosso país. A melhor opção que explica e que protege o povo do Egito é começar a regularizar dentro do país os problemas da estabilidade e da segurança e desenvolver o país em todos os setores, sobretudo da área da segurança e da economia”.

Ao mesmo tempo, o ex-embaixador ressaltou a importância da aproximação do Egito com a Rússia, porque Moscou tem um vetor nítido do desenvolvimento do diálogo com países do Oriente Próximo, considera inadmissível a propagação do Islão radical e mostrou sua posição de princípio em relação à situação na Síria:

“A Rússia entende muito profundamente e conhece na realidade a ameaça que paira por cima da região. Tal explica também a posição da Rússia em relação aos acontecimentos na Síria. Esta é uma decisão sagaz e razoável que se reflete na compreensão daquilo que acontece e se encontra profundamente nas reflexões e pontos de vista, na análise, nos sentimentos e na psicologia do povo”.

Rauf Saad expressou esperanças de que a situação no Egito se estabilize em breve e que habitantes da Rússia possam, como antes, passar suas férias no litoral do Mar Vermelho sem ter medo de sua segurança.

Fonte: Voz da Rússia

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