segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ANTIGOS FOGUETES EMPREGADOS COM FINS PACÍFICOS


Os foguetes balísticos, que devem ser desmontados na Rússia e nos Estados Unidos, podem ser utilizados para o transporte de cargas aos locais de desastres naturais. Essa ideia foi proposta por participantes de uma conferência dedicada à aeronáutica, que aconteceu na cidade americana de San Diego. Na opinião de peritos, tal projeto pode ser realizado teoricamente, embora existam sérios problemas capazes de impedir seu desenvolvimento.

Foguetes balísticos reequipados podem transportar em poucos minutos cargas humanitárias aos locais de desastres naturais, levando a bordo medicamentos, geradores elétricos, água potável e alimentos. Estas cargas serão suficientes para salvar a vida de muitas pessoas, enquanto caminhões, navios e aviões chegarem ao local da catástrofe. Falando da Antártida ou ilhas do Pacífico, é difícil sobrevalorizar a importância deste método, afirmam os autores da proposta.

Teoricamente, em vez da ogiva de combate, o veículo balístico pode de fato transportar um contentor com cargas. Mas é necessário fazer com que este contentor não se despenhe durante a aterrissagem. A ideia é comentada pelo diretor do Centro de Pesquisas Sociais e Políticas, Vladimir Evseev:

“Referindo-se ao transporte de cargas humanitárias na parte superior do foguete, será necessário equipa-la com um para-quedas. Esta será uma considerável modificação estrutural. Destaque-se que a parte da cabeça do foguete intercontinental entra nas camadas superiores da atmosfera com uma velocidade de aproximadamente cinco quilômetros por segundo. Será necessário utilizar um grande sistema de para-quedas, mas não tenho a certeza que seja possível reduzir substancialmente a velocidade que é muito grande”.

Mais um problema diz respeito à exatidão do envio, da qual depende o acesso das pessoas a cargas. Ao mesmo tempo, a própria ideia de reequipar foguetes balísticos não é nova, lembra o redator da revista Novosti Kosmonautiki (Notícias da Cosmonáutica), Igor Afanassiev:

“Nos anos 90, empresas russas estudavam uma variante de transporte de cargas humanitárias com a ajuda de foguetes balísticos e aparelhos planadores para tripulações de navios que sofrem desastre no oceano. Foram efetuados cálculos e elaborados alguns projetos, mas, infelizmente, estes trabalhos não tiveram êxito”.

Com a ajuda de foguetes, foi previsto transportar também hospitais desmontáveis e equipamentos médicos. Mas todos esses projetos ficaram no papel. No período soviético, qualquer lançamento de foguetes podia ser interpretado como uma provocação, explica Yuri Karach, membro correspondente da Academia da Cosmonáutica Tsiolkovski da Rússia:

“Atualmente, será ainda mais difícil do que antes realizar esta ideia, porque se tornou consideravelmente mais forte o programa de mísseis da Coreia do Norte, do Paquistão e da Índia. Se os Estados Unidos lançarem um foguete com uma carga humanitária para o lado da Coreia do Norte, o país deverá ter certeza de que se trate realmente de ajuda. Neste caso, ele não responderá aos Estados Unidos com uma ogiva de combate”.

Em opinião de peritos, o “pronto-socorro” balístico não poderá ser desenvolvido, enquanto no planeta se manter um clima de desconfiança. Até aquela altura, os foguetes retirados da dotação são utilizados com outros fins. Na Rússia, por exemplo, são empregados para instalar grandes satélites em órbitas baixas próximas da Terra. Militares utilizam uma parte de foguetes em exercícios de tiro. Em qualquer caso, esta opção é melhor do que “achatar” foguetes com uma prensa ou cortá-los em fragmentos em usinas.

Fonte: Voz da Rússia

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