Periodicamente, a mídia mundial divulga informações sobre as eminentes reformas na Coreia do Norte. A primeira vez que se falou em reformas no país foi em 1984. Mas, naquela altura, as esperadas transformações não se realizaram. Desta vez, a situação parece ser diferente.
As reformas nos países asiáticos se associam ao caminho percorrido com êxito pela China, na década de 80-90 do século passado. Tem-se em vista a transição para a economia de mercado, com a conservação do regime autoritário.
Dir-se-ia que a China e o Vietnã lograram combinar bem as reformas de mercado com a retórica comunista. Mas tal opção não convém, de forma alguma, à Coreia do Norte.
Ao contrário desses dois países, a Coreia continua sendo um Estado dividido, sendo enorme o desequilíbrio econômico e a diferença do nível de vida das duas Coreias. Quando as reformas se iniciarem e o país se tornar mais aberto, a população da Coreia do Norte ficará pasmada com o significativo avanço da Coreia do Sul. Em simultâneo, as transformações levarão, com certeza, ao processo de liberalização política, que porá em jogo o prestígio do atual poder.
Esse fator, aliado à progressiva e gravíssima crise, poderá provocar o surgimento de uma situação revolucionária. Mas tal cenário não consta dos planos de Kim Jong-un. Foi por isso que o líder norte-coreano decidiu suspender as reformas para evitar os riscos políticos.
Não obstante, vão surgindo sinais de que a nova direção da Coreia do Norte tem sérias intenções no que tange às reformas. Isto se explica, em parte, pela experiência pessoal de Kim Jong-un, que estudou na Suíça e, por essa razão, teria ânimos reformistas.
Todavia, a principal causa deve residir na situação complexa em que se encontra agora a Coreia do Norte. Por um lado, as reformas à maneira chinesa continuam encerrando ameaças para a estabilidade interna. Por outro, se torna cada vez mais patente uma paulatina degradação do sistema antigo, sendo quase impossível suspender o processo de desintegração.
Neste contexto, a liderança norte-coreana não tem outra saída senão arriscar, tomando a iniciativa. Porque, caso contrário, o sistema irá cair dentro de 10-20 anos com consequências nefastas para a atual elite política.
Ao mesmo tempo, as reformas, por mais arriscadas e difíceis que sejam, permitirão manter sob o controle a situação, razão pela qual o governo, atormentado por dúvidas, opta pela sobrevivência, mesmo sem quaisquer garantias.
Fonte: Voz da Rússia
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