A maior empresa russa de produção de gás, a Novatek, vai expandindo a pauta de fornecimentos de gás liquefeito. A lista de seus clientes foi agora alargada graças à Espanha. A empresa espanhola Gas Naturаl Fenоsa se tornou o primeiro parceiro europeu da Novatek nessa área.
O contrato tem a validade de 25 anos. Os fornecimentos anuais se estimam em mais de três bilhões metros cúbicos de gás liquefeito. A primeira parcela do combustível da Sibéria Ocidental chegará ao consumidor espanhol em finais de 2020.
Deste modo, vão se abrindo perspectivas aliciantes, sustenta a economista russa Anna Bodrova:
“A empresa russa de gás possui enormes recursos e se manifesta interessada em contrato de longo prazo. Tal é necessário para que em 2016 seja alcançado o pico da produção e se inicie o retorno de capitais investidos. O atual contrato de longo prazo com a Espanha abre novas perspectivas por estar a satisfazer 10% das necessidades em gás naquele país. Desta forma, a Novatek terá um parceiro seguro com o qual poderá manter relações firmes de longo prazo”.
Por um lado, o gás liquefeito russo pode sair caro para o consumidor devido às despesas de transporte. Todavia, o gás de Yamal poderá fazer concorrência ao gás da Nigéria, Argélia, Qatar e Egito, que são os principais fornecedores de gás a Espanha. Mas acontece que esses países vão optando por exportações asiáticas. Na Ásia se registra uma procura mais elevada a preços mais altos. Este ano, por causa disso, a Espanha acabou por ter falta de gás. Para suprir a falta, Madrid anda à procura de vias alternativas.
O contrato firmado entre a Novatek e a Gas Natural Fenosa, segundo constata o analista Dmitri Aleksandrov, irá contribuir para a segurança energética da Espanha:
“Os fornecimentos serão mais estáveis, consolidando-se a vertente setentrional das importações. Haverá uma menor vulnerabilidade perante a oscilação de preços e a orientação menor para preços spot. Assim, será mais fácil prever despesas e preços de agentes energéticos no mercado interno”.
Além disso, o preço de gás procedente de Yamal, mesmo contando os custos com a passagem pelos mares de Kara, Barents e do Norte, pode vir a ser bem concorrencial. Conforme peritos, no caso de Espanha o preço médio será superior a 375 dólares por 1000 metros cúbicos. Isto se enquadra na política de fornecimentos de gás russo para Europa. Aí, o preço médio de gás para consumidores europeus no 1º semestre se fixou em 420 dólares por 1000 metros cúbicos.
Vale notar que a assinatura do contrato se seguiu à aprovação do projeto governamental sobre a liberalização das exportações de gás, o que concede a maior liberdade a empresas do ramo na escolha de parceiros. Em finais de setembro se apurou que a Novatek e a CNPC, para além da instituição de uma empresa mista, fecharam um acordo de fornecimento de gás do projeto Yamal-SPG para a China. Nessa etapa, prosseguem as conversações para vender o combustível azul russo ao Japão, à Coreia e à Índia.
Fonte: Voz da Rússia
Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE
Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário