quinta-feira, 14 de agosto de 2014

NA UCRÂNIA JORNALISTAS SÃO EQUIPARADOS A TERRORISTAS


A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) apelou à Ucrânia para que esta não use sanções para limitar a liberdade de expressão.

Na terça-feira o parlamento ucraniano aprovou na generalidade o projeto de lei que introduz sanções contra a Rússia. Algumas medidas proíbem ou limitam as emissões de estações de rádio e televisão, a atividade de uma série de órgãos de comunicação, inclusivamente na Internet.

Na Ucrânia continua decorrendo uma caça aos jornalistas estrangeiros. Há mais de uma semana desapareceu o fotógrafo da agência Rossiya Segodnya (Rússia Hoje) Andrei Stenin.

A representante da OSCE para a liberdade de imprensa Dunja Mijatovic exigiu a Kiev a retirada das medidas restritivas da atividade dos meios de comunicação do pacote de sanções dirigidas contra a Rússia. As intensões dos legisladores ucranianos ameaçam a liberdade e o pluralismo da mídia e contrariam as obrigações da OSCE que Kiev, sonhando em se integrar na Europa, assumiu recentemente, refere o perito principal do Fundo de Perspectiva Histórica Pavel Svyatenkov:

“Kiev trava uma guerra de informação e nessa guerra ele não quer, naturalmente, ter concorrentes. Por isso ele tomou como regra o encerramento da mídia estrangeira, nomeadamente russa, e a limitação da atividade dos jornalistas que não controla.”

A Ucrânia justifica a censura no espaço mediático com preocupações pela segurança nacional e equipara os repórteres a terroristas. Jornalistas dos canais televisivos russos Zvezda (Estrela) e LifeNews foram detidos pelas forças de segurança ucranianas acusados de atividade subversiva. Eles foram torturados e espancados. Só foi possível salvá-los graças à intervenção das mais altas personalidades russas e de uma série de países ocidentais e ao apoio das associações internacionais do jornalismo.

Os jornalistas da VGTRK e do canal de TV Pervy não puderam ser ajudados, eles foram mortos por fazerem seu trabalho. No dia 5 de agosto no sudeste da Ucrânia desapareceu o fotógrafo Andrei Stenin da agência Rossiya Segodnya. Kiev não deu resposta a quaisquer pedidos de informação oficiais por parte da Federação da Rússia e das organizações internacionais de direitos humanos sobre o destino de Andrei Stenin. Mas na terça-feira, numa entrevista à rádio letã Baltkom, o conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia Anton Geraschenko informou que o repórter fotográfico russo tinha sido detido pelos serviços de segurança locais porque “aquilo que ele fazia não era jornalismo, mas o auxílio e glorificação do terrorismo” (sic). Mais tarde o conselheiro do ministro ucraniano tentou negar suas palavras. Mas a gravação sonora da entrevista é um fato verdadeiro.

Na sua totalidade a declaração do representante das autoridades de Kiev caracterizam de forma clara sua relação com as atividades da imprensa. Aquilo que não corresponde à linha oficial é declarado como uma ameaça à segurança nacional com todas as consequências daí decorrentes, sublinha o perito Pavel Svyatenkov:

“Na Ucrânia o golpe de Estado violento dita às pessoas, que ele colocou no poder, uma ética da violência. Eles tentam esmagar as opiniões divergentes. Repare que o alvo não é apenas a mídia, mas até os partidos políticos indesejáveis. O Partido Comunista da Ucrânia, por exemplo, está sob fogo, a sua fração na Suprema Rada foi suprimida. Ou seja, os políticos que subiram ao poder na Ucrânia em resultado do golpe de Estado tentam reforçar suas posições pela violência. É isso que explica as perseguições à mídia.”

Num país democrático os cidadãos devem ter livre acesso a qualquer informação, independentemente de sua fonte. Mas de que democracia se pode falar na Ucrânia, se aí as forças chegam ao poder através de um golpe de Estado e quem discorda é depois reprimido?

Fonte: Voz da Rússia

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