quinta-feira, 14 de agosto de 2014

OBAMA E POROSHENKO SERÃO PROCESSADOS EM VENEZA


Ativistas, que se manifestam pela separação de Veneza da Itália, pretendem organizar em 23 de agosto na “cidade sobre a água” um processo judicial demonstrativo contra três políticos altamente colocados – o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e o presidente da Ucrânia, Piotr Poroshenko, acusados de exterminação da população civil da região de Donbass.

O processo contra essas personalidades será conduzido pelo chamado Tribunal Russell, instituído em 1967 pelo filósofo e conhecida figura social Bertrand Russell em parceria com o escritor francês Jean-Paul Sartre especialmente para a investigação aos crimes de guerra cometidos no mundo.

Na véspera do processo, Albert Gardin, líder do movimento Governo Veneto, revelou à Voz da Rússia as razões pelas quais habitantes de Veneza decidiram recorrer a esta instituição de justiça:

Albert Gardin: A iniciativa de organizar o processo foi avançada pelo movimento Governo Veneto que pretende alcançar a soberania de Veneza. Sentimos grande compaixão por Donetsk e Lugansk e aprovamos seu caminho escolhido. Não interpretamos sua opção como capricho político, mas como preferência democrática da população, que, a nosso ver, deve ser respeitada. Mas a Europa faz com que haja uma confrontação dura que se expressa hoje em ações militares em Donbass.

Decidimos recorrer ao Tribunal Russell, porque atualmente somos testemunhas de uma grandiosa mentira internacional que está acompanhando os acontecimentos em Donetsk e Lugansk. Os voluntários são apresentados como revoltosos que protestam contra as autoridades de Kiev e não como habitantes do território que têm sua história e sua dignidade política.

Voz da Rússia: Na véspera do processo, o senhor começou uma greve de fome, para protestar abertamente contra a política de Kiev em relação a Donetsk e Lugansk. Pensa que deste modo será possível atrair mais atenção à próxima sessão do Tribunal Russell por parte da imprensa italiana que até hoje não dispensou especial interesse a essa iniciativa?

Albert Gardin: Com essa greve de fome gostaria, em primeiro lugar, de demostrar a minha vontade de influir de algum modo na atual situação, porque muitas fontes de informação deturpam a realidade. Com essa greve de fome gostaria de atribuir mais dramatismo à situação que se formou.

Voz da Rússia: Correm boatos de que durante a preparação do processo o senhor deparou com certos problemas logísticos. Será de fato assim? Há ameaças reais de que seja transferida a data do início do processo?

Albert Gardin: Sim, tal problema existe de fato. Na etapa atual, estamos num regime de espera, porque temos solicitado vários locais para efetuar a sessão. Na realidade, muitas pessoas não querem manifestar-se contra a Itália que hoje preside ao Conselho Europeu e por isso não recebemos respostas até agora. Se conseguirmos resolver pelo menos uma parte de nossos problemas ligados à preparação do processo, estamos dispostos a efetuá-lo diretamente numa praça de Veneza em 23 de agosto. No caso contrário, teremos de adiar um pouco a sessão.

Voz da Rússia: Conseguiu selecionar 59 membros independentes do júri? Quem são essas pessoas?

Albert Gardin: Continuamos atualmente a seleção de candidatos. O Tribunal Russell é independente, composto de pessoas que defendem diferentes pontos de vista políticos e unidas pelo sentimento aguçado de justiça, não indiferentes em relação ao que hoje acontece na Ucrânia.

Voz da Rússia: Como se sabe, a sentença do Tribunal Russell não tem qualquer força jurídica. Qual, neste caso, o sentido de sua organização?

Albert Gardin: O Tribunal Russell tem por objetivo dar uma resposta honesta à sociedade em relação à situação dramática que se formou nesses dias em Donetsk e Lugansk, onde decorre hoje a verdadeira limpeza étnica. Sim, as decisões do Tribunal Russell não têm caráter obrigatório, mas, no entanto, levando em consideração o silenciamento dos acontecimentos em Donbass, esse processo pode tornar-se uma pequena vela acesa às escuras. Por isso temos a certeza da necessidade de sua organização e acreditamos no seu prestígio.

Prevemos interpelar no futuro junto de instâncias judiciais internacionais controladas por países ocidentais. Queremos solicitar que elas intervenham influenciando as pessoas que financiam e impelem o Ocidente a essa guerra e à confrontação com a Rússia.

Fonte: Voz da Rússia

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