Há dois dias que perto de 900 mil alunos não têm aulas na
Dinamarca. Cerca de 90 mil professores estão nas ruas, num protesto inédito no
país, contra o aumento das horas de aulas semanais e que seja dado poder aos
municípios para determinarem os horários escolares.
Atualmente, os professores dinamarqueses passam uma média de 16 horas
semanais nas salas de aulas. Os municípios querem agora determinar o tempo que
os professores leccionam e defendem que estes passem até 25 horas por semana
nas escolas, sem que esse tempo extra seja remunerado. Se a medida for
aprovada, os alunos dos seis aos 16 anos podem passar a estar nos
estabelecimentos de ensino mais duas a três horas por dia, como explicou à BBC
Gordon Orskov Madsen, porta-voz de um dos sindicatos de professores do país.
O sindicalista acusa o Governo de ter preparado uma reforma com os
municípios, representados pela associação KL, que preparou as negociações com
as estruturas sindicais, mas que terminaram sem resultados. “Esta é a primeira
vez que os professores fazem este tipo de protesto. É uma ameaça ao modelo
dinamarquês”, sublinhou Madsen. O representante dos professores explica que no
país, habitualmente, as negociações sobre as condições trabalho são feitas
entre os sindicatos e os empregadores, sem qualquer interferência do Governo.
Os professores “estão preparados para passarem mais tempo a dar aulas, mas
acreditam que existem limites”, precisam de “tempo de preparação para oferecer
qualidade em cada aula”, defendeu o sindicalista, citado pelo Washington Post.
Michael Ziegler, que liderou a equipa que representou a associação de
municípios KL nas negociações falhadas com os docentes, defende, por sua vez,
que os governos locais devem ter mais a dizer sobre como os professores
utilizam as suas horas de trabalho. Para a KL, não devem ser os sindicatos a
decidir, mas as autoridades locais em “diálogo com o professor e a direção da
escola”. “Os professores devem ter regras sobre o seu horário de trabalho que
sejam semelhantes às dos outros trabalhadores”, reforçou, segundo o Washington Post.
A primeira-ministra dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, também defende
que o horário escolar seja alargado, como é defendido pelos municípios, mas
recusou interferir entre os professores e as autoridades municipais.
Citada pela BBC, a governante recusa-se, no entanto, a aceitar que “uma média
de três a quatro crianças em cada sala de aula nunca aprenda a escrever a um
nível que lhes permita avançar na sua educação”.
Não há, para já, previsões sobre de que forma irá resolver, nem quando as aulas serão retomadas.
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