sexta-feira, 1 de novembro de 2013

POR QUE RAZÃO OS PRESIDENTES PERDEM POPULARIDADE?


No fim de outubro, o presidente da França, François Hollande, foi reconhecido como o chefe de Estado mais impopular em toda a história do país. Segundo os dados de pesquisas, o seu apoio constitui apenas 26 por cento. Hollande está no poder apenas há um ano e cinco meses mas nem Nicolas Sarkozy, tão criticado pelos franceses, caiu tão baixo. O predecessor de Hollande terminou o mandato presidencial com o ranking de 30 por cento.

A nível mundial, a aversão em relação a Hollande que parece atingir os franceses não é de maneira nenhuma caso único. Todos os indicadores são batidos pelo presidente peruano Ollanta Humala, eleito em 2011. O seu nível de popularidade já caiu abaixo de 25 por cento. Mas é pouco provável que esse fato possa consolar Hollande que, na União Europeia, é o menos amado pelos seus concidadãos.

Muitos presidentes e líderes de países sentem-se cansados do "amor" dos eleitores em relação à sua própria pessoa. A diferença consiste na rapidez do esfriamento que, por sua vez, depende da situação econômica, do aumento dos preços e dos impostos e, naturalmente, do temperamento nacional. Como mostram dados estatísticas, os habitantes da América Latina desiludem-se com seus presidentes mais rapidamente do que os europeus.

Quase todos os líderes do Velho Mundo perderam seu peso político: caiu o ranking dos primeiros-ministros da Inglaterra, Espanha, Itália e Portugal. O primeiro-ministro da Grécia não pode, mesmo que se esforce, alcançar um nível de aprovação de 40 por cento. Na Europa, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel pode ser considerada uma exceção. A mutti, ou "mãezinha", como os alemães a apelidam, tornou-se chanceler em 2005, continuando a sua popularidade ao nível de 60 por cento.

O fenómeno Merkel pode ser facilmente explicado, diz Ursula von der Leyen, ministra do gabinete do governo federal:

"Ela comporta-se com muita sinceridade e sem qualquer pomposidade. As pessoas gostam disso. Ela é tão popular porque todas as pessoas pensam que ela é como uma de nós."

Cada político tem a sua rapidez e profundidade de queda do ranking. Tudo depende do ponto de partida. Barack Obama, por exemplo, no dia da tomada de posse em 2008, tinha a popularidade ao nível de 80—83 por cento, batendo mesmo o recorde de John Kennedy de 1961 – 71—73 por cento. Hoje, porém, a atividade do "amigo Obama" é aprovada apenas por 44,5% da população.

Em princípio, a queda da popularidade de Obama é análoga à situação de Hollande. Contudo, levando em consideração todos os problemas do presidente dos EUA – o impasse orçamental, o desemprego, as guerras no Iraque e no Afeganistão, os escândalos ligados à espionagem total de americanos e europeus pela NSA – é surpreendente que o seu rankingnão se tenha totalmente desmoronado.

No entanto, os adversários de Obama têm a certeza que tudo ainda está pela frente. O senador Rand Paul sustenta que as causas da queda rápida da popularidade de Barack Obama não se reduzem ao alto desemprego, às finanças doentes e ao crescimento dos preços. Ele está perdendo "prestígio moral", diz Rand Paul:

"A meu ver, o grande número de escândalos que deflagrara ultimamente nos Estados Unidos priva o presidente do direito moral de governar a nação. Ninguém põe em dúvida a legitimidade da sua presidência, mas ele está perdendo o direito moral de governar o país e tem que fazer algo com isso."

O senador americano inclusive a espionagem eletrônica por parte da NSA da agência Associated Press, de americanos e de líderes europeus.

Entretanto, Obama está longe do triste "feito" de seu antecessor George Bush Jr., que entrou na história como o presidente mais impopular dos Estados Unidos. Segundo uma pesquisa de opinião da Gallup, o nível de sua impopularidade alcançou no fim de seu prazo presidencial 71 por cento. Mesmo Truman e Nixon, presidentes com os quais os americanos se dececionaram, não tinham tal ranking negativo. A "carga negativa" de Truman era 67 por cento.

Cada país tem seus primeiros-ministros e presidentes prediletos e odiados. Na Inglaterra, todos os recordes foram batidos pelo antigo primeiro-ministro trabalhista, Tony Blair, que tinha um ranking de 26 por cento. Blair ultrapassou até Harold Wilson, nos tempos do qual, no fim dos anos 60, a libra desvalorizou e muitas pessoas perderam suas poupanças. Os japoneses não gostavam do primeiro-ministro Naoto Kan, que abandonou o posto em 2011, enquanto o mais popular chefe do governo é considerado o imponente antigo primeiro-ministro Junichiro Koizumi.

Mas a impopularidade "doméstica" não se reflete muito na influência de presidentes e primeiros-ministros na política mundial. Segundo a versão da Forbes, Obama continua a ser um dos mais influentes líderes mundiais, ocupando a segunda posição na lista da edição, publicada em 30 de outubro. Pela primeira vez desde que a revista publica tais rankings, a primeira posição passou a ser ocupada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. O líder chinês Xi Jinping encerra o trio das pessoas mais influentes da atualidade.

Fonte: Voz da Rússia

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