terça-feira, 10 de setembro de 2013

A HISTÓRIA DO ORIENTE SOVIÉTICO EM CARTAZES DE PROPAGANDA






Nos últimos tempos, os cartazes de propaganda política e comercial do período soviético têm suscitado um grande interesse: são publicadas muitas edições ilustradas e realizadas exposições temáticas. Regra geral, geralmente são expostos cartazes impressos na Rússia e a arte dos desenhistas de cartazes das outras repúblicas da União Soviética é quase desconhecida. Esta situação poderá ser alterada com a exposição "O Cartaz do Oriente Soviético. 1918—1940", inaugurada no Museu Estatal Central de História Contemporânea da Rússia.

"Os cartazes podem ser vistos de duas perspectivas: por um lado, são uma obra de arte de ateliê, o resultado do trabalho criativo do artista. Já nós pretendemos mostrar e descrever o cartaz como uma marca do tempo, um monumento de uma época", referiu na inauguração da exposição o diretor-geral do museu Serguei Arkhangelov.

Durante a visita à exposição não é fácil perceber qual predomina: se o contexto histórico e político, se as características artísticas dos cartazes apresentados.

"É curioso que estes cartazes eram pouco conhecidos, mesmo nos tempos soviéticos, dos habitantes de Moscou e de Leningrado", explicou à Voz da Rússia a comissária da exposição Maria Filatova. "Aquilo que se fazia na Ásia Central ou no Cáucaso, ficava por lá. Eles são muito mais invulgares que os que nós víamos por cá. Lá eram frequentemente encarregados de os criar, em vez dos desenhadores de cartazes profissionais, pintores ou designers gráficos que viam o tema de uma forma própria e que o entendiam à sua maneira".

É precisamente essa forma própria de ver o tema e a busca de meios pictóricos tradicionais que distingue os cartazes do Oriente Soviético. Se o cartaz político russo dos anos 20 é, sobretudo, o vanguardismo, o construtivismo, já no Oriente os elementos do vanguardismo são conjugados com miniaturas refinadas e com a arte popular.

"Os cartazes eram publicados em grandes tiragens, dos 500 aos 40 mil exemplares, e aí reside o paradoxo: aquilo que foi impresso em larga escala, hoje são documentos que quase não sobreviveram", diz Maria Filatova. "Muitos cartazes eram colados por cima de outros ou desapareciam completamente, e aquilo que estava permanentemente diante dos nossos olhos hoje são documentos importantíssimos de uma época, uma fonte interessantíssima da qual nós recolhemos muita informação. Talvez essa informação nem sempre seja verdadeira, mas, no entanto, nós podemos ter alguma ideia de como viviam e pensavam os povos do Oriente Soviético."

O catálogo impresso para a inauguração da exposição merece uma referência especial. Essa publicação ricamente ilustrada, com mais de 250 reproduções de cartazes da coleção do Museu Estatal de História Contemporânea da Rússia e da Fundação Mardjani, irá interessar um vasto leque de leitores e tem todas as premissas para se tornar numa raridade bibliográfica.

Fonte: Voz da Rússia

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