quarta-feira, 25 de setembro de 2013

REDES SOCIAIS NÃO GARANTEM PRIVACIDADE


Revelações de Edward Snowden sobre o programa de vigilância informática da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla inglesa) testemunham que a Internet não garante a privacidade.

Redes sociais tornaram-se um instrumento cômodo que permite aos governos colher informações pessoais de usuários. Não há muito tempo, onze milhões de usuários nos EUA e no Reino Unido cometeram os chamados “suicídios eletrônicos”, retirando seus accounts do Facebook. Jason Pontin, redator-chefe da revista MIT Tecnology Review, falou à Voz da Rússia sobre a proteção de dados e “suicídios virtuais” na Internet.

Hoje, a cibersegurança tornou-se um tema atual, sobretudo após Edvard Snowden ter informado que a NSA vigiava pessoas em todo o mundo. Jason Pontin opina que as revelações de Snowden foram muito úteis, centrando a opinião pública sobre os problemas da segurança cibernética. Ao mesmo tempo, Pontin considera que a Internet não garante a segurança e que os usuários não podem proteger seus dados pessoais:

“A meu ver, Edward Snowden é um patriota. A Rússia procedeu razoavelmente, concedendo-lhe asilo. Considero ainda que as revelações de Snowdem eram úteis. Estou satisfeito com que conheci da atividade da NSA, porque há alguns de meses estive ignorante em relação a isso. Há tecnologias que, em princípio, é impossível hackear, por exemplo as tecnologias criptográficas, tais como a criptografia quântica, baseada na mecânica quântica, que não pode ser hackeada sem um computador quântico. Tais computadores não existem atualmente, mas os governos receiam que tal tecnologia possa ser utilizada por terroristas”.

Jason Pontin acredita que a elaboração de leis especiais dentro do país e ao nível internacional é o único modo para proteger os dados pessoais na Internet:

“São necessários debates democráticos dentro dos países, cujos cidadãos devem exigir que sejam mais protegidos da espionagem eletrônica por parte de seus governos. Posteriormente, devem decorrer conversações ao nível de Estados. Será necessário assinar um acordo internacional – na ONU ou entre os países do Grupo dos Oito, inclusive a Rússia e os Estados Unidos – que deve referir o que nomeadamente não podem fazer os países sem respectivas bases jurídicas”.

Quanto aos “suicídios virtuais”, Jason Pontin caraterizou-os como uma nova tendência na comunidade eletrônica. Em sua opinião, usuários retiram seus accounts não por medo de espionagem, mas porque as redes sociais se transformaram num local onde as pessoas se gabam de seu estatuto e de fortuna, o que provoca sérios problemas, tais como a perseguição na Internet, que incita pessoas a suicídios reais:

“Não penso que pessoas cometam suicídios em redes sociais por terem medo que o Facebook conceda potencialmente a oportunidade ao governo dos EUA de vigiá-las. A causa é diferente. Os jovens não gostam muito do Facebook. Adolescentes consideram-no como traumatizante. Os jovens no Ocidente concorrem muito entre si. Zombam uns dos outros, comentam aparência de meninas e muitas pesquisas mostram que o Facebook tornou muitos jovens infelizes. Em redes sociais, as pessoas falam aquilo que nunca poderiam falar em vida real”.

Fonte: Voz da Rússia

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário