sábado, 28 de setembro de 2013

SÃO PAULO ENTRA NA DISPUTA PELA EXPO 2020


O Brasil embarcou de vez na rota dos grandes eventos mundiais. Depois de conseguir os direitos de promover a Copa do Mundo (2014) e os Jogos Olímpicos (2016), agora é candidato a trazer a São Paulo a Exposição Universal em 2020. Desde o último dia 20 a capital paulista entrou oficialmente na disputa com Ekaterinburgo (Rússia), Izmir (Turquia) e Dubai (Emirados Árabes).

Não sem antes gerar um princípio de polêmica, com manifestações contrárias aos investimentos necessários caso a cidade vença – a exemplo do recente grito das ruas contra o Campeonato Mundial de Futebol – o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Fernando Haddad estão otimistas com a decisão, que será anunciada em novembro.

Aos membros do Bureau Internacional de Exposições (BIE), que visitaram São Paulo, os dois governantes apresentaram o tema que faz a defesa da cidade para a Expo 2020, "Força da Diversidade, Harmonia para o Crescimento". Nos quais se destacam o multiculturalismo paulistano, forjado na imigração que ainda hoje abarca mais de 60 nacionalidades, e também a presença de multinacionais das mais variadas origens que fundamentam a força da capital econômica do país.

Motes significativos em se tratando de uma exposição universal, com a presença de pavilhões dos 192 países oficialmente existentes no mundo, segundo a ONU.

Com essa perspectiva, uma comitiva brasileira comandada por Alckmin e Haddad, e que teve a presença do vice-presidente Michel Temer, esteve nos últimos dias em Paris, sede do BIS, também para capitanear do apoio do presidente francês François Hollande. De lá saíram convencidos do apoio da França, cuja capital sediou o evento em 1855 e 1900, mais ainda porque Hollande também se mostrou sensibilizado com a possibilidade de a América Latina sediar pela primeira vez uma Exposição Universal.

Na disputa para ser a cidade-sede do evento que acontece a cada cinco anos – em 2015 será em Milão (Itália) e o último foi em Xangai (China) – e dura em média seis meses, São Paulo também apresentou, no parecer técnico, a maquete e o planejamento de construção do futuro Centro de Convenções, espaço que seria dedicado à Expo 2020 na região de Pirituba, Zona Leste.

Planejado para uma área de 5 milhões de m2, três vezes maior que o maior centro paulistano atual, o Anhembi, ele será agregado a outros equipamentos que beneficiarão toda a comunidade da região, principalmente. Novas linhas do Metrô e melhorias do sistema viário, sob o patrocínio do Estado e da Prefeitura, bem como equipamentos que deverão ser erguidos pela iniciativa privada, de hotéis a restaurantes, passando por locais de lazer e entretenimento.

Além de dinamizar uma região das mais pobres de São Paulo, levando um novo eixo de desenvolvimento e emprego – antes, com as obras; durante, com o evento em si; e depois, com o legado que deixará – espera-se atrair a visita de 25 a 30 milhões de pessoas entre 15 de maio a 15 de novembro de 2020. Isso com base na experiência das outras Expos e especialmente com a expectativa que Milão está depositando no evento que sediará daqui a dois anos.

A briga pela Exposição Universal, ou Exposição Mundial, ou Exposição Internacional, Feira Mundial, ou simplesmente Expo, nomes que se dão desde a primeira, em 1851, em Londres, agora entra no campo da diplomacia. Cada cidade já fez suas apresentações técnicas e os 160 países com direito a voto, em novembro próximo, deverão se assediados pelos emissários das candidatas.

E, como na acontece com a disputa pela Copa e Olimpíadas, muito depende do "corpo a corpo" com os delegados e com os interesses econômicos em jogo.

Fonte: Voz da Rússia

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