Todos os participantes do ataque no mar de Barents à plataforma petrolífera russa Prirazlomnaya irão permanecer detidos durante os próximos dois meses, conforme a decisão do tribunal de Murmansk. No domingo foi decidido o destino dos últimos 8 participantes da ação de protesto. Os ecologistas da organização internacional Greenpeace foram acusados pelo crime de pirataria.
O processo do ataque à plataforma off-shore de prospecção petrolífera russa da companhia Gazprom Neft Shelf levou à detenção de um total de 30 pessoas. Entre eles estão quatro russos e cidadãos de outros 18 países, incluindo os EUA, a Argentina, o Canadá, a Holanda, a Ucrânia, a Itália, a Alemanha, a França e o Brasil.
O navio Arctic Sunrise, arvorando pavilhão holandês, foi detido pela guarda costeira russa no dia 18 de setembro. Os ativistas da Greenpeace que se encontravam a bordo tentaram, com a ajuda de equipamento de montanhismo, escalar a plataforma petrolífera Prirazlomnaya no mar de Pechora, que constitui a parte sudeste do mar de Barents. Para travar o ataque dos ecologistas, os funcionários da plataforma usaram canhões de água. Dois manifestantes, contudo, conseguiram escalar a plataforma, tendo sido detidos. Os restantes atacantes tentaram fugir a bordo do navio Arctic Sunrise, cujo comandante ignorou as ordens da guarda costeira. Apesar dos tiros de aviso, ele não parou o navio e continuou a manobrar. Só se conseguiu parar o Arctic Sunrise depois de o helicóptero da guarda costeira ter desembarcado no navio um destacamento de operações especiais. O navio foi rebocado para Murmansk e os trinta ativistas da Greenpeace foram detidos.
Neste momento, está decorrendo contra os ambientalistas um processo criminal pela prática de pirataria que prevê uma sentença máxima de 15 anos de prisão. A acusação de pirataria pressupõe que os atacantes planejavam se apropriar de propriedade alheia. Mas os ecologistas tinham outro objetivo. A ação visava o impedimento da extração de petróleo no Ártico, mas para o fazer os ativistas entraram ilegalmente em território da Federação Russa do qual a plataforma faz parte, diz o perito Vasili Gutsulyak do Centro de Direito Marítimo:
"Não se pode dizer que os atos dos ativistas da Greenpeace tenham sido irrepreensíveis. Eles deveriam ter a consciência que essa é uma instalação de alto risco. Se partirmos das normas da lei marítima internacional, é proibida a aproximação a estas plataformas a menos de 500 metros. Os mesmos guardas de fronteira ou a segurança da plataforma podiam suspeitar que se tratasse de uma organização terrorista disfarçada de Greenpeace. Assim, com certeza que os procedimentos dos guardas fronteiriços na altura eram justificados. Mas agora que a situação já foi esclarecida, é claro que os ecologistas devem ser responsabilizados, mas para que aplicar penas tão severas?"
Fonte: Voz da Rússia
Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE
Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário