O presidente dos EUA, Barack Obama, dispõe-se a adiar uma ação militar contra a Síria. O respectivo anúncio foi feito numa mensagem à nação em que ele se manifestou pelo prosseguimento de consultas com o seu colega russo, Vladimir Putin, com vista a “dar oportunidade à diplomacia”. Peritos russos referem que a iniciativa de Moscou sobre a colocação de armas químicas sob o controle internacional “foi oportuna tanto para Washington, como para Damasco”.
Em sua mensagem televisiva, Baraсk Obama acabou por reconhecer que a proposta russa “dá uma chance de resolver o problema da Síria sem recurso à força militar”. No entanto, segundo ressalvou o líder norte-americano, o governo sírio deverá “confirmar imediatamente a sua intenção séria e inequívoca de se livrar de seus arsenais de armas químicas”.
Antes, o presidente russo, Vladimir Putin, tinha apelado aos EUA para renunciarem à prática de ameaças militares, dirigidas mais de uma vez contra a Síria.
“Claro que tudo isso faz sentido e poderá surtir efeito, se a parte norte-americana e seus aliados desistirem de emprego da força, por ser difícil forçar a Síria ou outro país qualquer a se desarmarem de forma unilateral perante uma ação militar em vias de preparação”.
Então, Barack Obama veio cancelar, por algum tempo, um ataque militar. Até propôs ao Congresso adiar a votação sobre o emprego da força contra Damasco.
Para a Administração estadunidense, apoiar a iniciativa russa significa encontrar uma saída digna do impasse, disse em entrevista à Voz da Rússia Boris Dolgov, do Centro de Pesquisas Árabes.
“A Casa Branca não tinha fundamentos sólidos para empreender uma ação militar contra a Síria. Isto é óbvio. Existem provas de as armas químicas terem sido utilizadas pela oposição armada. O fato foi confirmado por especialistas russos e peritos internacionais. Portanto, a questão sobre um golpe militar resulta da evidente provocação que servira de pretexto para uma opção militar dessas. Isto significa que os EUA, apesar de tudo, não pretendem recuar nesse sentido. Todavia, sob a forte pressão internacional e de cidadãos norte-americanos, incluindo alguns congressistas, Barack Obama se viu obrigado a fazer certas concessões. Mas, por outro lado, ele se sente pressionado pelo complexo militar-industrial e por aquelas forças que querem acabar com a Síria. Então, a decisão de atacar foi adiada, mas eu acho que, diante da pausa que se criou, cabe à Rússia jogar um papel fundamental. Se ela se mantiver firme na sua posição, será possível prevenir a ação militar”.
Enquanto isso, em sua mensagem televisiva Barack Obama apontou a culpa do regime de Bashar Assad pelo ataque com armas químicas, efetuado em 21 de setembro”. Assim acontece que a responsabilidade pelo acontecido recai sobre Damasco. O líder dos EUA deu a entender ainda que não quer atenuar a pressão sobre o regime sírio. Neste contexto, foi dada a ordem aos navios de guerra com os mísseis de cruzeiro a bordo no sentido de prosseguirem operações de patrulhamento no Mediterrâneo, perto do litoral sírio. “É necessário preparar uma ação de retaliação, no caso de os esforços diplomáticos não se coroarem de êxito”, salientou.
Ao mesmo tempo, as autoridades sírias se comprometeram a neutralizar as armas químicas e aderir à Convenção sobre a Interdição desse tipo de armas. “Estamos dispostos a cessar a produção de armas químicas e fornecer informações sobre locais de seu armazenamento aos representantes da Rússia, da ONU e de outros Estados”, declarou a propósito o chanceler sírio, Walid Muallem.
O plano de colocação de armas químicas sobre o controle internacional será debatido em breve pelo ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry. A sua reunião foi agendada para a quinta-feira, dia 12 de setembro, devendo realizar-se em Genebra.
Fonte: Voz da Rússia
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