sexta-feira, 6 de setembro de 2013

DEPUTADO BRITÂNICO FALA DA SÍRIA E DA CONTRIBUIÇÃO DA RÚSSIA PARA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Deputados conservadores britânicos criticaram recentemente seus colegas da oposição por eles partilharem artigos da Voz da Rússia sobre a guerra na Síria no Twitter. Brooks Newmark, membro do parlamento britânico desde 2005 e especialista em economia e política do Oriente Médio, expressou sua opinião sobre a situação.

– O governo de Assad não tinha razões para usar armas químicas, em primeiro lugar, porque ele já estava controlado a situação no campo de batalha, e em segundo lugar, porque o ataque químico foi tão local e tão fraco que não mudou nada. E você o que acha?

– A própria guerra é irracional, mas este ataque em particular ocorreu após o final do jejum muçulmano, imediatamente após um ataque da oposição ao comboio de carros que acompanhava a família de Bashar Assad. O responsável pela defesa de Damasco é o irmão de Assad, Maher. Eu acho que ele tomou esse ataque como um insulto terrível e, apesar da presença de inspetores da ONU no país, ele disse para si mesmo: “Eu vou fazer o que tenho que fazer.” Você e eu somos pessoas que pensamos racionalmente, e nós iríamos considerar tal reação como ilógica. Mas, como eu já disse, Bashar Assad e sua família estão longe de racionalidade.

– Você diz que a Rússia é o principal aliado de Assad. Mas não foi só a Rússia que se opôs à intervenção, houve mais uma dúzia de países.

– A posição oposta é compartilhada por 190 países, ou seja, vocês são uma minoria, talvez junto com a Coreia do Norte, o Irã, a China e outros. Infelizmente, neste conflito, vocês escolheram o lado que não tem nenhuma superioridade moral. Eu gostaria muito que a Rússia desempenhasse um papel mais construtivo neste conflito. Eu tenho o maior respeito por Serguei Lavrov e considero-o uma pessoa muito inteligente.

– É verdade que você criticou parlamentares da oposição por eles compartilharem no Twitter artigos da Voz da Rússia sobre a guerra na Síria?

– Eu acho que o vosso portal de notícias fornece uma ampla imagem do que está acontecendo. Mas, lamentavelmente, vocês publicam desinformação disseminada por Putin e Assad. Eles negam o envolvimento do governo nos ataques que ocorreram há dez dias, e culpam a oposição. Do meu ponto de vista, isso é absolutamente imoral.

Bruce Newmark também comentou a situação no Iraque:

Eu não gostaria de discutir o Iraque. Estou mais interessado no que está acontecendo agora. Não misture estes dois eventos. O Iraque é outra coisa totalmente diferente, na qual não devíamos ter intervindo.

– Porquê devemos acreditar em umas mídias que naquela guerra propagavam as mentiras do governo dos EUA, e engolir as suas informações, ao mesmo tempo rejeitando as informações fornecidas por outras mídias que têm uma posição diferente sobre a questão da Síria?

– Na altura eu ainda não era membro do parlamento. Por isso, eu só posso falar do que está acontecendo agora. Na minha opinião, Blair “corrigiu” dados de inteligência, o que levou à decisão errada de se envolver na guerra no Iraque. Aqui, eu concordo com você. A propósito, o Iraque não tinha armas de destruição em massa.

– As amostras químicas acabam de ser enviadas para um laboratório sueco. Talvez devêssemos esperar com a decisão final e verificar tudo cuidadosamente?

– Penso que é isto que está sendo feito agora. Parece-me que as Nações Unidas, em primeiro lugar, querem ter certeza de que armas químicas realmente foram usadas. Em segundo lugar, estão agora esclarecendo qual composto químico foi usado. Fiquei contente de saber que não só a Grã-Bretanha está fazendo isso, mas também a França e os EUA, que estão estudando independentemente amostras, trazidas da Síria em segredo. Portanto, aqui também estou de acordo com você.

– Nós vimos como acontecem tais campanhas militares no exemplo do Afeganistão, Iraque e Líbia. Você acha que levaram a uma vida melhor lá?

– A resposta à sua pergunta provavelmente será “não”. Eu acho que para a maioria das pessoas as coisas mudaram para pior. Mas eu prefiro comparar este conflito com a crise dos Bálcãs, com a Bósnia e o Kosovo, onde havia uma crise humanitária. Não se deve confundir estas duas situações apenas por causa da nossa presença e da proximidade da Síria ao Iraque. Parece-me que lá também há uma crise humanitária, e as Nações Unidas têm a obrigação de intervir e proteger as pessoas. Se a ONU não conseguir lidar com esta tarefa por causa da Rússia e da China, que bloquearam a ONU com seu veto, então, como no caso da crise dos Bálcãs, teremos que encontrar outra maneira de resolver este problema humanitário.

– Agradecemos por ter tomado o tempo de compartilhar seus pensamentos. Mas, por favor, permita a seus colegas compartilharem nossos artigos no Twitter.

– Eu simplesmente tenho pena que eles só compartilhavam o que vocês escrevem, e não ouviam os argumentos da nossa parte. Eu acredito na liberdade de expressão e acredito que a sua empresa tem feito imenso para a liberdade de expressão. Nisto, eu apoio-vos.

Fonte: Voz da Rússia

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