sexta-feira, 6 de setembro de 2013

IDADE DAS GUERRAS CIBERNÉTICAS: “OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS”


A idade das guerras cibernéticas que começou tem uma propriedade paradoxal: os países avançados são mais vulneráveis a novas ameaças do que os outsiders do progresso cibernético.

A relação direta entre a superioridade tecnológica e o nível de vulnerabilidade torna o ciberespaço um campo de batalha perfeito em conflitos modernos. Reinterpretando ligeiramente o antigo ditado norte-americano, podemos dizer que “Deus criou os seres humanos e o computador fê-los iguais”. Talvez tenha sido isso que as autoridades sírias quiseram dizer quando ameaçaram os norte-americanos com medidas assimétricas em caso de intervenção.

No início desta semana soube-se da invasão do site do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, levado a cabo porhackers do Exército Eletrônico Sírio. Chamando os militares norte-americanos de “irmãos”, os sírios exortaram-nos a não cumprir as ordens de seus comandantes. Resumindo, a guerra cibernética entre a Síria e os Estados Unidos já está acontecendo.

Temos que admitir que somos dependentes dos computadores, alguns acreditam que o somos excessivamente. Nós confiamos a cérebros eletrônicos o controle da pressão em oleodutos, da operação de redes de energia, do tráfego aéreo, do funcionamento de hospitais e serviços de emergência. Quanto maior é a autonomia de sistemas de gestão, maior a probabilidade de uma falha crítica. Explica o especialista da empresa PIR-Center, Oleg Demidov:

“O principal perigo não é que novos ataques e novos vírus estão se tornando cada vez mais complexos. O mais importantes é que, de ano para ano, cresce a dependência da infraestrutura nos países industrializados das tecnologias de informação. Estou falando da transição para sistemas digitais de controle de usinas de energia hidrelétrica e energia nuclear, redes de distribuição de energia, instalações de logística em transportes rodoviários, aéreos e ferroviários. Onde há computadores, há uma ameaça de rutura e perturbações do funcionamento regular. Aqui surge o risco de desastres tecnológicos.”

No mundo de hoje, a arma mais terrível é um laptop nas mãos de um hackerprofissional. Portanto, a Rússia está tentando unir a comunidade internacional de que é necessário estabelecer um controle sobre o ciberespaço. No entanto, alguns Estados, concordando com o objetivo final, propõem uma forma alternativa de alcançá-lo, diz Oleg Demidov:

“Há uma série de iniciativas que visam formar um regime internacional para garantir a segurança na área das tecnologias da informação. Há desenvolvimentos que propõem aos Estados, em caso de conflito cibernético, usar a bagagem existente de direito humanitário internacional e de direito de conflitos armados. Trata-se, em particular, de desenvolvimentos especializados do centro de defesa cibernética da OTAN em Tallinn.

Outro ponto de vista é que precisamos elaborar e adotar convenções internacionais especiais que regulem a conduta das entidades responsáveis do direito internacional na prevenção do uso indevido de tecnologias cibernéticas. Esta abordagem está sendo promovida ativamente pela Rússia. Ela tem seus prós e contras. Está sendo apoiado um objetivo muito nobre e ambicioso: atingir uma proibição total do desenvolvimento e uso de armas cibernéticas. A desvantagem é que bilhões de habitantes da Terra têm acesso a tecnologias cibernéticas. O gênio saiu da garrafa e pô-lo de volta dentro é uma tarefa difícil.”

Há quem acredite que a transferência de estruturas críticas para controle manual poderia ser uma proteção contra ataques virtuais. Isso exigiria algum esforço (inclusive psicológico). Mas, caso contrário, o Estado se torna refém de sua própria superioridade tecnológica. É por isso que os múltiplos cenários de um “Pearl Harbor digital” são tão assustadoramente relevantes para os Estados Unidos.

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE 

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário