quarta-feira, 18 de setembro de 2013

RÚSSIA E A UNIÃO EUROPEIA: O GASODUTO OPAL MEIO CHEIO OU MEIO VAZIO?


A Rússia e a União Europeia acordaram os termos de funcionamento do gasoduto Opal. Como se espera, a Gazprom e os órgãos reguladores da UE assinarão o respectivo convênio até o final de outubro. Os detalhes do convênio ainda não foram revelados. A Gazprom, segundo previsões, vai obter o direito de alimentar o Opal carregando-o completamente com gás russo, mas se for assim, a holding terá de fazer algumas concessões.

O Opal liga o gasoduto transbáltico Nord Stream, na costa báltica da Alemanha, à República Tcheca. Ele é uma extensão do Nord Stream, que tem status de gasoduto transeuropeu. A capacidade do Оpal é de 36 bilhões de metros cúbicos anuais. A Rússia e a Alemanha querem conseguir que o Opal seja excluído das normas do terceiro pacote energético da UE, que impedem o Gazprom de encher completamente o gasoduto. Ainda não fica claro em que pode consistir uma solução de compromisso sobre o Opal. A situação existente é, em certa medida, paradoxal. Presentemente, a Gazprom tem o direito de encher o gasoduto só em 50 por cento. Para os restantes 50 por cento, é preciso encontrar outras empresas interessadas em transportar gás. Mas não há tais empresas e, portanto, não há gás, ressalta o diretor do Instituto da Energética Nacional, Serguei Pravosudov:

“O Opal permanece meio vazio. As partes querem encontrar um compromisso para ele trabalhar na sua capacidade completa, pois os investidores não deram seu dinheiro para ele ficar meio vazio. Foi avançada uma opção: colocar esses 50 por cento no mercado. Se não surgir ninguém a não ser a Gazprom, então será esta que irá fornecer. Provavelmente, nesta versão se terá de pagar mais, porque o mecanismo de semelhante concorrência não está bem claro. Ou a Gazprom será o único pretendente, ou haverá outros pretendentes que simplesmente vão inflar o preço sem fornecer nenhum gás. Nesse último caso, não está claro por que eles são necessários.”

De acordo com o perito, a Comissão Europeia procura obrigar a Rússia a renunciar ao monopólio de exportação de gás natural por gasodutos, pertencente à Gazprom, para que outras empresas possam transportar gás pelo Nord Stream, de forma que a concorrência se desenvolva, o que traria vantagens aos consumidores. Porém, por enquanto, o monopólio segue perdurando, e todos os esforços da Comissão Europeia acabam nulos.

Inicialmente se planejava que os gasodutos vinculados com o Nord Stream iriam receber um status exclusivo em território da UE. Porquanto eles passam por vários países, não lhes podem ser aplicadas as leis que a Europa emprega para limitar os monopólios, faz notar Vitali Gromadin, analista da companhia Arbat Capital:

“Em princípio, a Gazprom pode aceitar fazer algumas concessões. O ótimo para ela seria guardar para si o controle sobre o gás no gasoduto, deixando determinados volumes a outros vendedores em territórios dos países através dos quais o gasoduto passa.”

Em relação ao Nord Stream foi implementada uma norma que o exclui do terceiro pacote energético e permite a Gazprom a transportar 100 por cento de gás. A Gazprom gostaria de obter uma exclusão similar para o gasodutoSouth Stream. As respectivas negociações estão em curso, e pode-se esperar que afinal das contas o status de gasoduto transeuropeu seja atribuído também ao South Stream. Entre investidores do último, para além da Gazprom, há também várias empresas europeias. E elas estão interessadas em que seu dinheiro tenha retorno, ou seja, que o gasoduto funcione na sua capacidade total e não fique meio vazio.

Fonte: Voz da Rússia

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