quarta-feira, 11 de setembro de 2013

RÚSSIA INTENSIFICA OBRAS SOB ALÇADA DO GRANDE COLISOR DE HÁDRONS


Há cinco anos foi lançado oficialmente o Grande Colisor de Hádrons, maior acelerador de partículas criado pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, em sigla francesa). No processo de criação e nas respectivas pesquisas científicas participaram mais de 10 mil especialistas de 100 países.

A Rússia fez uma grande contribuição tecnológica para o efeito, tendo as investigações do gênero abrangido cerca de mil cientistas russos. O aparelho veio provocar uma autêntica agitação, dado que os cientistas contavam com a sua ajuda para fazer novas descobertas e, inclusive, desvendar um grande mistério de surgimento do Universo. Em simultâneo, a comunicação social tinha advertido contra provável “fim do mundo” devido à hipótese sobre a suposta formação no acelerador de buracos negros microscópicos, capazes de absorver primeiro o Colisor e depois o planeta inteiro. Mas o apocalipse não ocorreu. Segundo explicam cientistas, “se a energia gerada no Colisor pudesse fomentar realmente a formação de buracos negros, estes teriam sido observados nos raios cósmicos”. Mas até hoje, não foram descobertos quaisquer sinais da presença de tais buracos. Mais do que isso, as pesquisas especiais dos processos teoricamente favoráveis para o aparecimento de buracos negros acabaram por demonstrar a inconsistência de tais suposições.

Quanto às descobertas feitas, os verdadeiros avanços estão pela frente, não obstante um grande número das obras realizadas, considera o dirigente do Laboratório de Física Nuclear junto do Instituto de Pesquisas Nucleares, doutor em ciências físicas e matemáticas, Alexander Kurepin.

“Tem sido realizado um número colossal de obras nessa vertente. No que se refere à nossa área de pesquisas, foram publicadas centenas de obras cientificas que nos permitem planejar testes e provas seguintes. Compete-nos a nós encontrar tais reações nucleares que comprovem a existência de novos estados da matéria nuclear. Estamos caminhando por essa via, procurando escolher reações nucleares que nos possam facultar tais dados importantes.”

O Modelo Padrão que descreve a construção teórica de particulares não é o último, claro. Cientistas supõem que este modelo possa virar uma parte integrante de uma teoria mais profunda a explicar a composição do micro-mundo. A este fenômeno dá-se o nome de Nova Física. Enquanto isso, as investigações ao abrigo do Grande Colisor possibilitam compreender melhor os rudimentos desta nova teoria. Oleg Dalkarov, do Instituto de Astrofísica Lebedev, comenta o postulado:

“Os processos raros que deviam ser observados por meio do Colisor de Hadróns se relacionam à tentativa de descobrir bóson de Higgs, ou seja, uma partícula elementar bosônica, responsável por todas as massas de particulares elementares observadas hoje em dia. Trata-se de um campo único capaz, de conectar os fenômenos observados e as partículas, responsável por características das particulares que conhecemos. Sem esta partícula, as teorias modernas não teriam tido fundamentos.”

A bóson de Higgs foi prevista em 1964 pelo Modelo Padrão. Mas os resultados obtidos não nos dão uma resposta concreta se a nova partícula foi descoberta ou não. Foi daí que os testes foram suspensos até que seja modernizado o Grande Colisor de Hádrons, adianta Oleg Dalkarov:

“Atualmente, prosseguem as obras de modernização, o que pode levar ao duplo aumento da intensidade e da energia. As principais obras hão de começar em 2018, tendo em vista a descoberta de partículas previstas pela Supersimetria, a qual, contudo, não se enquadra bem no Modelo Padrão.”

Os cientistas russos vêm participando em todas as experiências importantes que se realizam no Colisor. Em 2012, a Rússia apresentou um pedido de admissão na CERN como um membro associado. De acordo com peritos, tal passo poderá vir a aumentar a sua contribuição para as pesquisas que se efetuam no âmbito do Grande Colisor de Hádrons.

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