Catástrofes em Chernobyl e Fukushima não levaram a humanidade a renunciar à utilização pacífica da energia atômica. Estão sendo construídas novas usinas nucleares e, em perspectiva, a energia atômica irá ganhar cada vez maior espaço no balanço energético mundial, não tendo reais alternativas que a possam substituir.
Por esta causa, especialistas tentam tirar lições daquelas tragédias e evitar sua reincidência no futuro.
A avaria em Chernobyl chocou o mundo em 1986. Naquela altura, uma explosão no quarto bloco energético destruiu completamente o reator. O número exato de mortos e feridos não se conhece ainda hoje – muitas pessoas morreram em resultado de radiolesões passados anos após o desastre.
Há três anos, uma nova e ainda mais potente tragédia abalou o Japão. Um terremoto muito forte de quase 10 graus e um tsunami provocaram incêndio na usina atômica de Fukushima e destruíram sistemas de refrigeração de reatores. Como resultado, fundiu-se o combustível nuclear em três dos seis blocos energéticos. Dentro de alguns dias, o nível de radiação na região de Fukushima superou em 70 vezes a norma. As autoridades japonesas evacuaram várias milhares de habitantes da zona de alienação de 20 quilômetros. Serão precisos não menos de 40 anos para eliminar as consequências daquele acidente.
Logo apos a tragédia, em uma conferência da AIEA decorrida no Japão, o chefe da corporação russa Rosatom, Serguei Kirienko, apresentou principais propostas da parte russa:
“Primeiro, é necessário endurecer a legislação internacional, tornando obrigatórias as exigências da AIEA. Segundo, devemos formar forças internacionais de intervenção em situações críticas. Terceiro, é necessário conceder aos países vizinhos informações abertas em prazos estipulados”.
Contudo, por mais otimizados que sejam os mecanismos de interação na área nuclear, por enquanto é impossível livrar este setor do fator humano e de eventuais erros. Segundo versões oficiais, foram ações erradas e inoportunas do pessoal que provocaram as avarias em Chernobyl e Fukushima. O fator humano foi importante também na catástrofe na usina nuclear em Three Mile Island nos Estados Unidos em 1979, quando uma falha no sistema de refrigeração provocou a fundição parcial da zona ativa do reator e as ações do pessoal só pioraram a situação.
A principal lição que a humanidade deve tirar daquelas tragédias é a necessidade de não apenas aperfeiçoar os sistemas de segurança, mas também de elevar o profissionalismo do pessoal de serviço, diz Piotr Topychkanov, perito na área nuclear:
“Qualquer central elétrica deve ter um sistema desenvolvido de segurança que tem de ser modificado e renovado. Além disso, é necessário dispensar especial atenção ao pessoal, à preparação dele para cenários negativos, fazendo com que os empregados reajam organizada e operativamente. As autoridades locais devem também reagir organizadamente, notificando a população”.
Usinas nucleares japonesas haviam enfrentado ainda antes situações perigosas. Em 2002, foram registadas várias fugas e o nível de radiação em Fukushima superara em 100 vezes o valor admissível. Por outro lado, a avaria em Fukushima fora discutida no pano de fundo de um escândalo em torno da companhia japonesa Tepco que havia calado durante longo tempo as informações sobre defeitos em suas estruturas nucleares.
Além disso, o Japão enfrenta mais uma tarefa na área da energia atômica. O país deve desenvolver os sistemas de segurança que sejam eficazes em condições de permanente ameaça sísmica.
Face a tais tragédias, as contradições políticas passam para o segundo plano e especialistas de vários países estão trocando experiência e decidem em conjunto como evitar tais acidentes no futuro. Assim, por exemplo, a companhia Rosatom, condutora da política russa na área da energia atômica, está cooperando permanentemente com a AIEA e a WNA (World Nuclear Association).
Fonte: Voz da Rússia
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