terça-feira, 24 de junho de 2014

PRESIDENTE DA UCRÂNIA APRESENTA “ULTIMATO DE PAZ”


O plano de paz, avançado pelo presidente da Ucrânia, Piotr Poroshenko, não fez cessar operações militares no leste do país. Moscou considera que o plano precisa de um elemento mais essencial – um convite para o diálogo.

Entretanto, foi anunciada uma trégua. A portaria presidencial sobre o cessar-fogo unilateral entrou em vigor na sexta-feira, 20 de junho, às 22 horas locais. Mas na realidade, o referido armistício nem se iniciou.

Moscou não sabe dizer ainda quem é que continua disparando – as forças governamentais ou destacamentos da Guarda Nacional ultranacionalista. Mas o fato de disparos terá sido confirmado por meios de observação objetivos. Para as promessas de Poroshenko não ficarem no papel, é necessário pôr termos às hostilidades, sustenta o presidente russo, Vladimir Putin:

“O anúncio de uma trégua constitui, sem dúvida, um elemento importante do plano de regularização sem o qual não se pode entabular conversações. A Rússia irá apoiar tais iniciativas. Mas, em última análise, o mais essencial é dar início ao processo político de normalização. É importante que a trégua venha dar impulso a um diálogo entre as partes conflitantes para encontrar soluções de compromisso, para que os habitantes do sudeste se sintam uma parte integrante da Ucrânia e possuam todos os direitos garantidos pela Constituição. É preciso começar tal diálogo abrangente e concreto. Nisto consistem garantias do sucesso”.

Mas o que falta agora é precisamente um diálogo. As autoridades de Kiev nem convidam para o início de negociações. Aos milicianos foi dada uma semana para deporem as armas. Os que não o façam, correm o risco de ser eliminados. Uma advertência foi lançada ainda à população – se esta não influir sobre suas milícias, entrará em vigor um plano “B”. Embora seus detalhes não tenham sido divulgados, o presidente Poroshenko avisou que, nesse caso, o número de vítimas irá aumentar ainda mais. Tais condições não favorecem a paz e a concórdia, salientou o chanceler russo, Serguei Lavrov:

“A maior parte do plano de paz parece mais a um ultimato, apresentado a todos os oponentes aos poderes atuais, dando-lhes alguns dias para se renderem. Caso contrário, se propõe que eles abandonem a Ucrânia ou sejam verificados quanto a eventuais crimes graves e, na melhor das hipóteses, anistiados.

O plano exposto nada tem a ver com o discurso de Poroshenko nos encontros na Normandia, os contatos telefônicos com Vladimir Putin anteriores e as propostas feitas por parceiros ocidentais. O plano carece de um ponto básico – o convite para conversações. Nisto, pois, reside um distanciamento radical da declaração de Genebra de 17 de abril, apoiada, pelo menos, teoricamente, por parceiros ocidentais, os EUA, a EU e as autoridades de Kiev”.

Por seu lado, a Rússia está disposta a empreender esforços para que entre os poderes ucranianos e as repúblicas do sudeste se estabeleça um diálogo. Na etapa inicial é capaz de ser um diálogo indireto, por mediação, que abra caminho para um processo negocial e que traça parâmetros de um futuro regime político da Ucrânia. Todavia, nessa fase, a tarefa prioritária mais importante seria o cessar fogo e salvar milhares de vidas humanas.

Fonte: Voz da Rússia

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário