Depois da divulgação de provas irrefutáveis sobre a inocência de Assad relativamente ao ataque com armas químicas, Barack Obama foi obrigado a considerar a proposta da Rússia de as armas químicas sírias ficarem sob supervisão internacional. Obama declarou a sua intenção de aguardar os resultados da investigação da ONU e pediu ao Congresso para que este adie a sua votação. Mas ele mantém, contudo, a sua opinião que “um ataque contra a Síria é do interesse nacional dos EUA”. Isso foi afirmado por Obama no seu discurso aos americanos.
Os peritos, entretanto, admitem que não se trata tanto do interesse nacional dos EUA, mas do interesse pessoal do próprio Obama e da sua administração. Diz o presidente do Instituto do Oriente Médio Evgueni Satanovsky:
“A oposição não pode fazer nada contra Assad sem um ataque dos Estados Unidos. A Arábia Saudita, o Qatar e a Turquia não podem derrubar Assad com as suas próprias forças. Eles precisam do apoio dos estadunidenses e dos europeus. Essa operação já foi paga há muito tempo. Neste caso, os EUA estão apenas a cumprir uma encomenda. Claro que não são os EUA como país, mas sim a liderança norte-americana. Já se sabe há muito tempo que o presidente Obama simpatiza com os islamitas. Neste caso, “o cachorro americano é abanado pelo rabo saudita e catariano.”
A iniciativa russa para a colocação das armas químicas sírias debaixo do controle internacional irá também salvar a reputação do próprio Obama. Diz o perito Andrei Volodin do Centro de Estudos Orientais russo:
“As provas apresentadas na ONU são, na realidade, do interesse da atual administração americana. Do meu ponto de vista, Obama é um homem inteligente. Neste caso ele recebe as provas da inocência de Assad em conjunto com o compromisso da Síria em colocar as armas químicas debaixo de uma supervisão internacional eficaz.
Quanto à oposição, se trata de uma acusação direta dirigida a ela, à Arábia Saudita e ao Qatar. É cada vez mais difícil resolver a situação pressionando os EUA, a Grã-Bretanha e a França.
A posição dos EUA é extremamente clara: eles querem manter a Pax Americana. Mas manter uma paz à americana está agora a ser praticamente impossível. Isso é referido por todos os peritos e observadores minimamente importantes. Se os EUA tiverem bom senso suficiente, a situação será resolvida sem prejuízo dos seus interesses: as armas químicas serão entregues à supervisão internacional ou serão retiradas do território sírio. Assim, Obama irá receber uma justificação para abdicar da sua intervenção militar e manter a sua reputação aos olhos dos satélites norte-americanos.”
Na sua comunicação à nação, Barack Obama referiu a ideia da exclusividade do papel da América no mundo, a qual, na opinião do presidente, justifica a sua ingerência nos outros países apesar de “não poder corrigir todas as injustiças”. A situação em torno da Síria coloca um ponto final na época da exclusividade norte-americana. Quanto mais depressa a elite política dos Estados Unidos admitir esse fato, mais depressa o mundo poderá começar a criar regras do jogo mais justas para funcionamento na arena internacional.
Fonte: Voz da Rússia
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