O presidente dos EUA, Barack Obama, está bastante nervoso antes da eventual intervenção militar na Síria, conclui um conhecido politólogo espanhol, Páris Álvarez Martín, em entrevista exclusiva à Voz da Rússia.
“Inicialmente, Obama manifestou-se disposto a iniciar uma operação militar contra a Síria sem esperar os resultados do suposto ataque químico nas proximidades de Damasco. Não sentia embaraços devido à falta das respectivas sanções do Conselho de Segurança da ONU ou por causa da posição de tal aliado importante como o Reino Unido, cujo Parlamento não apoiou a intervenção militar na Síria. Pelo visto, estaria pronto para combater quase com as próprias mãos contra o governo daquele país no Oriente Médio. Posteriormente, mudou de retórica, declarando sobre a necessidade de esperar a conclusão de peritos da ONU e de assegurar-se de apoio do Congresso. Parecia que tinha levado um susto de que sua insistência excessiva poderia provocar desconfiança de seus aliados em relação à Casa Branca. O nervosismo de Obama explica-se também pelo fato de ainda não ter sido esquecido o escândalo em torno da vigilância em escala global praticada por serviços de inteligência americanos. Como vemos, Obama está buscando apoio, o que para ele é muito importante”.
Mesmo o senador republicano John McCain, um dos mais incisivos apoiantes de uma ação militar na Síria, reparou o nervosismo de Obama. “O presidente embaraçou incrivelmente toda esta história. Primeiro declarou estar disposto a assestar um golpe, posteriormente mudou de procedimento, afirmando que deveria pedir primeiro o consentimento do Congresso. Não posso imaginar que seja possível dominar tão mal a situação”, disse o principal rival de Obama na corrida presidencial de 2012. Entretanto, o inquilino da Casa Branca tem mais outras preocupações.
O apoio dos Estados Unidos em relação ao problema sírio pela maioria dos países do G20 é muito formal. Nenhum dos doze Estados, que apoiaram a posição de Washington, prometeram enviar seus soldados à Síria no caso do início de uma campanha militar. Por outro lado, o emprego de armas químicas na Síria suscita cada vez mais dúvidas da comunidade internacional, tal como a velocidade com que alguns países ocidentais acusam disso o governo de Bashar Assad, ressaltou Páris Álvarez Martín em entrevista à Voz da Rússia:
“Logicamente, até podemos não esperar o relatório de inspetores da ONU sobre o presumível uso de armas químicas perto de Damasco. Por outro lado, peritos desta organização internacional foram sujeitos a ataques violentos durante os trabalhos na Síria. É evidente a vontade de ocultar algo. Não há quaisquer dúvidas que o fogo foi aberto por rebeldes. Não é lógico que Bashar Assad tenha convidado primeiro essas pessoas e dado em seguida uma ordem de atacá-los. Para além disso, por uma coincidência ´estranha´ das circunstâncias, gás mortífero foi disperso, quando as tropas governamentais começaram a alcançar uma vitória decisiva sobre rebeldes. Mesmo a olho nu, vê-se uma provocação. Pergunte-se, contudo, por que razão não se vê isso nem nos Estados Unidos, nem em alguns outros países do mundo”.
A versão de provocação foi apoiada hoje pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, que qualificou como “ensaiados” os acontecimentos de 21 de agosto nos arredores de Damasco. “Há suficientes provas, testemunhos das atrocidades cometidas por rebeldes armados, há gravações vídeo que eles mesmos divulgam, gabando-se de seu comportamento. Há também avaliações profissionais feitas, em particular, por Carla Del Ponte, integrante da Comissão Internacional, de que são conhecidos dados sobre o uso de substâncias tóxicas por rebeldes”, destacou Lavrov.
Fonte: Voz da Rússia
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