Embaixador dos EUA na Croátia, Peter Galbraith, se dirige ao local da queda do Boeing 737
Nos dias trágicos de abril de 1996, estive a seguir com muita atenção as informações sobre a catástrofe, sofrida pelo avião do ministro do Comércio dos EUA, Ron Brown. A mídia estava a repetir apenas os dados oficiais. A única esperança se depositava em reportagens televisivas, emitidas pela TV da Croácia. Foi então que gravei uma parte desses materiais interessantes. O primeiro foi ao ar em 4 de abril de 1996, às 19 horas locais.
“Na região de Dubrovnik se observa hoje a espessa fumaça e os aguaceiros locais que vêm impedindo a busca do Boing desastrado. Houve esperanças de ter sobrevivido alguém dos tripulantes ou passageiros, razão pela qual os helicópteros de resgate sobrevoaram mais de uma vez o local do acidente. Às tropas de policia especial aderiu, na manhã de 4 de abril, uma equipe de socorristas do Exército croata. Mas já se tornou claro terem perecido 32 dos 33 passageiros. No local da tragédia se encontram ainda oficiais do serviço de reconhecimento militar dos EUA. Infelizmente, morreu a aeromoça que sobrevivera após a queda da aeronave. Falecera no caminho durante a descida dos socorristas do monte de São João.
A bordo do avião se encontrava uma delegação governamental dos EUA, com Ron Brown à frente. Pelas 14h55, nos arredores de Dubrovnik, o avião desapareceu dos écrans de controladores aéreos. Os destroços terão sido encontrados nas altas horas da noite, ao pé do monte de São João, perto da vila Veli Dol. Os dados oficiais sobre as causas do acidente não foram divulgados. O primeiro-ministro croata, Zlatko Matesa, terá partido para a zona do acidente depois de terminada a chuva. O chefe do Ministério do Interior da Croácia marcou a coletiva de imprensa para o dia 5 de abril em que deverá tornar públicos novos dados sobre as causas da queda do avião e da morte de pessoas”.
Ao cabo de algumas horas, o 1º canal de TV croata transmitiu uma reportagem especial do correspondente, Zeliko Korpar:
“Estou fazendo a reportagem do monte de São João, perto da aldeia Veli Dol. Aqui se encontram fragmentos do Boeing 737 que sofreu acidente nos arredores de Dubrovnik pelas 14h55 locais. Os destroços estão espalhados numa área de 300 metros, o que comprova o fato de o avião ter pegado fogo depois de colidir com a montanha. Somente a cauda não ficou queimada. Os polícias e militares tinham efetuado as intensas buscas de sobreviventes, mas acabaram por encontrar 32 corpos dos membros da delegação governamental norte-americana que devia aterrar no aeródromo de Cilip. À operação de buscas aderiram o militares da IFOR que tomaram sob o rigoroso controle o local do acidente dramático.
Caminhamos a pé até esta zona durante uma hora, tendo percorrido a via difícil e perigosa por entre os montes e os campos de minas. A chuva prossegue pelo segundo dia consecutivo. No local do acidente, o primeiro-ministro croata, Zlatko Mateza e o Embaixador do EUA, Peter Galbraith, respectivamente, fizeram declarações oficiais. O Chefe de governo da Croácia disse:
“Foi uma catástrofe terrível. A morte de pessoas em tais circunstâncias não deixa de causar um profundo pesar e a dor. Eu e o senhor Embaixador podemos confirmar que os socorristas e representantes da IFOR tudo tinham feito para salvar as pessoas, trabalhando em condições extremamente difíceis. Tinham inviabilizado acesso à zona da tragédia. Agradeço os policiais da unidade especial Tigre, colaboradores do Ministério do Interior e os bombeiros de Dubrovnik. Fizeram tudo ao seu alcance apesar da chuva torrencial e a intempérie. A única mulher que sobrevivera morreu sem recobrar os sentidos. Esta tragédia veio transtornar os povos da Croácia e dos EUA”
Fonte: Voz da Rússia
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