Segundo o sindicato, os policiais devem paralisar as atividades com uma grande concentração na frente da Arena Amadeu Teixeira, na avenida Constantino Nery, zona Centro-Sul de Manaus. Eles reivindicam melhorias salariais
Os policiais civis vão cruzar os braços a partir da próxima sexta-feira (13), véspera do primeiro jogo da Copa do Mundo em Manaus, quando prometem fazer uma grande paralisação em frente à Arena Amadeu Teixeira, ao lado da Arena da Amazônia, a partir das 8h.
Do efetivo de 2,3 mil policiais do Estado, somente 30% permanecerão de serviço, em respeito à legislação de greve de serviços essenciais. Isso afetará, não só os trabalhos tipicamente associados a Polícia Civil, como as investigações criminais e a emissão de carteiras de identidade, mas também de programas de ronda ostensiva como o Ronda no Bairro, cujo pleno funcionamento depende da atuação das Polícias Civil e Militar.
"O Ronda no Bairro ficará prejudicado, pois fazemos parte de suas atividades", disse Moacir Maia, presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Amazonas (Sinpol), cuja diretoria decidiu pela paralisação na manhã desta segunda-feira (9). O indicativo de greve já havia sido aprovado no último dia 31 de maio, caso não houvesse acordo com o governo sobre as reivindicações dos policiais até a data de hoje.
“O diálogo foi cortado, por isso estamos seguindo em frente com a greve. Estamos abertos, claro, e esperamos algum tipo de contato por parte do Governo uma vez que a paralisação comece”, afirmou Moacir.
“Vamos fazer uma grande concentração nas proximidades da Arena Amadeu Teixeira, a partir das 8h de sexta. Ninguém irá às delegacias, eles terão de nos ouvir”, acrescentou o sindicalista.
Governo
Quanto às negociações com os policiais, o Governo do Estado respondeu, através de nota, que o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Polícia Civil, aprovado em 2012, garantirá ganhos salariais acumulados da ordem de 110% aos investigadores e escrivães da instituição.
“[O novo PCCR] agregou ganhos aos vencimentos dos servidores de forma escalonada, além definir uma diferença salarial de no máximo 10% de uma classe em relação ao salário da classe superior. Hoje essa diferença está em 7,5%. Com isso, os menores salários, os de classe inicial (policial investigador e policial escrivão), que em março de 2012 eram de R$ 2.999,90, saltaram para R$ 3.205,72”, informou o governo.
A nota não mencionou se, com o acréscimo, os salários dos investigadores e dos escrivães ficariam equiparados aos dos peritos, principal pleito da categoria.
Além disso, o Governo afirmou que “até 30 de junho de 2014, um total de 1.550 servidores será promovido, entre delegados, investigadores e escrivães”, mas não informou sobre reformulações na lei de promoções, outra demanda dos policiais civis.
Reivindicações
A principal reivindicação dos policiais é a equiparação de salários dos cargos de investigador e escrivão com o cargo de perito. Além disso, eles querem a reforma da lei de promoções.
"A nossa lei de promoções é de 1993. É uma lei arcaica, que dá margem pra muita arbitrariedade e que precisa ser mudada urgentemente", destacou Moacir.
Também estão na pauta a realização de um novo concurso público para a classe e o reajuste do vale-alimentação de R$ 220, valor que é pago há oito anos, para R$ 565,30.
Fonte: UOL
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