quarta-feira, 11 de junho de 2014

SITUAÇÃO EM DONETSK LEMBRA BÓSNIA DOS ANOS 90


Os acontecimentos na Ucrânia continuam sendo um dos temas principais na imprensa mundial. No Sudeste da Ucrânia prossegue a chamada “operação punitiva” lançada ainda pelo presidente interino Alexander Turchinov.

No entanto, a situação não mudou após as eleições e a tomada de posse no novo presidente, Piotr Poroshenko. Dejan Mirovic, vice-presidente do Partido Radical Sérvio, que se encontra na região, contou em entrevista à Voz da Rússia o que realmente está acontecendo nas ruas de Donetsk.

– Quase não se veem automóveis nas ruas. As pessoas estão assustadas. E têm medo não das milícias mas dos terroristas do exército ucraniano que mataram o vice-presidente da administração regional de Donetsk. Eu mesmo estive lá, e acredite que isso não suscita outra reação senão choque. Em postos de controle estão grupos paramilitares que se comportam como querem. Eu enfrentei grandes dificuldades. Isso me lembra a Bósnia dos anos 90. Na altura, os grupos paramilitares muçulmanos e croatas se comportavam da mesma forma. Resumindo, eu não aconselharia ninguém a aparecer nesses lugares sem grande necessidade.

– Como pode nesta situação avaliar as ações do novo líder do país, Piotr Poroshenko, e o que os próprios cidadãos do Sudeste pensam dele?

– Eles veem Poroshenko como uma pessoa de outro país que usurpou o poder. Ouvi uma reação muito negativa à sua tomada de posse. Todos se surpreendem como é possível organizar tais celebrações quando as pessoas estão morrendo. O mesmo pode ser dito sobre o circo com o vice-presidente dos EUA, Joseph Biden. Nós na Sérvia conhecemos muito bem as pessoas que organizaram o bombardeamento da Iugoslávia. Todos nos lembramos das declarações antisérvias de Biden. E agora vemos pela Ucrânia que em quinze anos ele não mudou nada, e se tornou ainda mais agressivo.

– Voltando à pessoa de Piotr Poroshenko, como avalia as ações do novo chefe de Estado? Ele pode ser considerado um político independente, ou ele está cumprindo vontades alheias?

– Eu o chamaria de uma versão mais decente de Turchinov, que também foi um instrumento do Ocidente. Essencialmente, Poroshenko esta atuando como um dos políticos da UE que dizem uma coisa e fazem outra completamente diferente. Na investidura ouvi-o apelando à paz. Mas em Donetsk é o oposto. Há uma guerra lá, estão sendo constantemente cometidos atentados terroristas. E tudo isto sem fim à vista.

Fonte: Voz da Rússia

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