segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A VOLTA AO MUNDO EM 44 DIAS



Pilotos de helicópteros russos sobrevoaram o globo terrestre, reduzindo quase duas vezes o prazo que o célebre Júlio Verne deu para a mesma finalidade aos protagonistas de um de seus romances de aventuras. Cinco viajantes contemplaram todo o planeta desde a altura de voo de aeronaves de asa rotativa.

Numa vila de Bunkovo, em proximidades de Moscou, finalizou a primeira viagem em torno do mundo feita por uma equipe de aviadores entusiastas, os quais, em dois helicópteros Robinson-R66 de pequeno porte, tinham realizado um voo de quase 40 mil km de comprimento ao redor da Terra. Embora essa expedição não entrasse no Livro dos Recordes Guinness, ela veio a ser emblemática para toda a comunidade de aviação amadora da Rússia. De acordo com Dmitri Rakitsky, um dos expedicionários e piloto-chefe da companhia Aviamarket, a aviação de pequeno porte é capaz de revelar resultados inesperados:

“Essa não tem sido a primeira viagem em helicópteros ao redor do mundo, mas a primeira, talvez, do mundo, completada sem recorrer a uma manutenção técnica regulamentada em aeroportos. Os helicópteros mostraram uma alta fiabilidade, e nem uma só vez nós precisamos de pedir assistência a engenheiros e técnicos profissionais. Levamos conosco tudo quanto foi necessário para a manutenção do helicóptero. Durante a viagem nós compramos apenas o combustível. As peças sobressalentes não foram utilizadas e as trouxemos de volta todas intatas.”

Ainda que o equipamento não tivesse registrado nem uma só falha ao longo de todo o voo, os aviadores tinham de lidar bastante pilotando os helicópteros, relatou Mikhail Farikh, chefe da expedição circunterrestre, piloto e viajante experiente:

“Havia variedade de condições meteorológicas, nós voamos nas montanhas e sobre o oceano. É desconfortável voar sobre um oceano frio, é um estresse, uma experiência que te alegra quando já tiver ficado às costas, mas quando estás passando um trajeto desses te vem à cabeça um pensamento: “Que felicidade que o helicóptero não pode saber que ele está sobrevoando o oceano!” As provas foram, mais bem, de resistência, pois permanecer no ar doze horas diariamente não é nada fácil. A essas doze horas deve-se juntar o tempo para reabastecer de combustível, cumprir trâmites formais e por aí adiante. Após um dia desses te sentes completamente espremido.”

O clima apresentou bastantes surpresas aos aeronautas. Às vezes suas extravagâncias estavam quase a abortar o horário do voo, acrescentou Dmitri Rakitsky:

“Na Noruega, tivemos um contratempo por não levarmos em conta um forte vento frontal. Era de tal força que não nos chegou o combustível e a luz do dia para pousarmos no aeródromo estipulado. À noite vimo-nos forçados aterrisar num aeroporto já praticamente fechado, procurando conseguir reabastecimento de combustível. Apenas às três ou quatro horas de madrugada logramos o destino.”

Entretanto, no caminho dos aviadores russos havia também surpresas agradáveis, frisou Mikhail Farikh:

“Quando nós seguimos ao longo da costa sul da Espanha, recebemos uma comunicação: “Perto de Málaga há um farol. Cerca de trezentos metros depois dele, desçam um bocado e andem mais devagar sobre a praia”. Pois, descemos e passamos baixinho sobre uma praia abarrotada de veranistas, avistando de súbito um grupo de pessoas que seguravam um enorme letreiro com a palavra “Urra!”. Foi-nos muito aprazível.”

Um dos fatos curiosos é o de as tripulações dos helicópteros, ao darem uma volta ao globo terrestre, adiantarem o tempo. Segundo Mikhail Farikh, os expedicionários retornaram a seu aeródromo doméstico quarenta e quatro dias depois de ter iniciado a viagem, mas durante essa – devido à mudança de fusos horários – cada dia se tornou mais longo, e eles concluíram a volta ao mundo em quarenta e três dias.

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário