Nos Estados Unidos, a polícia e agências de inteligência estão investigando mais um massacre em pleno coração de Washington. 12 pessoas foram vítimas da tragédia no centro de comando naval Navy Yard. A polícia também liquidou o próprio atacante. Foi um especialista civil de 34 anos de idade, Aaron Alexis. As autoridades já declararam que não estão à procura de mais ninguém e estão agora tentando estabelecer os possíveis motivos do criminoso que tinha passado todos os controles de segurança necessários.
Em todos os edifícios governamentais dos EUA foram rebaixadas as bandeiras nacionais até sexta-feira. O país está de luto pelas vítimas de um novo massacre. Na segunda-feira de manhã, em pleno centro da capital dos Estados Unidos, a cerca de um quilômetro do Capitólio, num dos prédios da base da Marinha norte-americana Navy Yard, na sequência de um tiroteio foram mortas 12 pessoas. O massacre foi obra de um homem negro chamado Aaron Alexis. Eis o que disse a porta-voz do FBI Valerie Parlave.
"Podemos confirmar que o homem que abriu fogo esta manhã foi identificado como Aaron Alexis de 34 anos, natural de Fort Wharf, estado do Texas. Nós colocamos fotos dele no site do FBI, e pedimos a todos que tenham qualquer informação, por pouca que seja, de entrar em contato conosco através do número de telefone da linha direta. Qualquer informação será útil. Nós estamos tentando saber tudo o possível sobre as causas e circunstâncias da tragédia."
Apesar de os criminologistas terem identificado o atirador, isso não esclareceu o ocorrido. Sabemos que Aaron Alexis tinha um passe para o quartel-general da Marinha e para várias outras facilidades. Alexis era um especialista civil em tecnologia da informação. Ele trabalhava na empresa Experts baseada na Flórida. Ele tinha um cartão de identificação que lhe permitia o acesso a instalações das forças navais norte-americanas. Sua admissão a instalações de regime especial e a informações secretas foi renovada pela última vez em julho passado, depois de, segundo dizem os militares, uma verificação minuciosa. Antes disso, o homem trabalhou com sucesso sob contrato no Japão e dentro em breve devia começar a trabalhar na base naval Navy Yard da Marinha dos EUA. Mas em vez disso, por algum motivo ele fez um massacre. Eis o que diz uma testemunha da tragédia.
"Nós ouvimos o alarme de incêndio e vimos um guarda de segurança. Ele nos disse que nos escondêssemos num abrigo especial e correu pelo corredor. Nós vimos pessoas correndo dos outros andares, e ouvimos tiros. Eu contei pelo menos sete tiros, enquanto estive no prédio. Eu não vi o atirador, eu estava no primeiro andar, enquanto o tiroteio aconteceu no terceiro ou no quarto."
Barack Obama também comentou a tragédia:
"Nós ainda não conhecemos todos os fatos, mas é evidente que estamos lidando com mais um tiroteio em massa. E, desta vez, aconteceu numa instalação militar no coração da capital. Os alvos deste tiroteio foram especialistas militares e civis, homens e mulheres que vieram trabalhar para nos proteger. Sabíamos sobre os perigos de serviço no exterior, mas hoje eles se depararam com violência que não esperavam em casa. Eu instruí minha equipe para garantir plena cooperação da agências de aplicação da lei federais e locais. Faremos o que for necessário para encontrar os responsáveis por este crime covarde e sem sentido. E, claro, os nossos pensamentos estão agora com todas as famílias das vítimas e dos feridos."
As agências de inteligência terão que responder a muitas perguntas. Já se sabe que Alexis estava agindo sozinho – a polícia não está procurando mais ninguém. Mas como o suposto assassino de 12 pessoas conseguiu penetrar numa instalação protegida da Marinha dos EUA, no coração de Washington, com um rifle de assalto, uma pistola e uma espingarda? As autoridades dizem que no edifício está em vigor um regime de segurança rigoroso – com guardas armados e detectores de metal na entrada. Além disso, há dados de que Aaron Alexis foi pelo menos duas vezes detido pela polícia, inclusive por violação das regras de porte de armas.
Por causa da tragédia, em Washington foram reforçadas as medidas de segurança. Na segunda-feira foram fechadas escolas, e canceladas reuniões no Congresso.
Fonte: Voz da Rússia
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