terça-feira, 3 de setembro de 2013

SERÁ QUE O CONGRESSO DOS EUA APROVARÁ O ATAQUE À SÍRIA?


O Congresso dos EUA terá de tomar uma decisão sobre a operação militar na Síria. Para já, a opinião dos senadores quanto a essa questão se dividiu ao meio. Todavia, a administração de Barack Obama começou a "trabalhar" com os legisladores para obter o máximo apoio à sua iniciativa. O ataque à Síria pode ser realizado sem aprovação pelo Senado, embora a sua solidariedade se revista de grande importância, dado que nem a ONU, nem a OTAN, nem a Grã-Bretanha se atreveram a apoiar a proposta do presidente dos EUA.


A Comissão parlamentar para as Relações Exteriores deverá examinar, esta terça-feira, a iniciativa lançada pelo líder norte-americano. Perante senadores irão discursar o secretário de Estado, John Kerry, o chefe do Pentágono, Chuck Hagel e o presidente do comitê unificado de Estados-Maiores, Martin Dempsey.

Um documento elaborado por vários senadores aponta que o "objetivo da eventual operação militar é prevenir o uso de armas de extermínio em massa pelo atual regime sírio". Entretanto, nem todos os senadores concordam com a tese de que esta missão realmente corresponde aos interesses nacionais dos EUA. Por exemplo, Alan Greyson, do Partido Republicano, retorquiu que os EUA não são um "gendarme mundial" e nem podem, por isso, "se dar ao luxo de se lançar em aventuras militares que arrastem o país para novas guerras de muitos anos". O senador Rand Paul realçou a propósito que "convém aos EUA interagir mais com a Rússia e a China na questão de regularização da crise síria em vez de decretar ultimatos, criando assim uma situação desvantajosa e desagradável para si".

A situação à volta da Síria foi comentada por Fyodor Voytolovsky, do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais:

"Senadores e congressistas não querem desiludir seus eleitores. Segundo inquéritos mais recentes, a sociedade americana não tem consenso quanto a esta questão e a ideia de operação não goza de apoio entre a população. O número dos que se opõem à intervenção militar na Síria ultrapassa o de seus apoiantes. Conforme sondagens à opinião pública, cerca de 60-70% dos americanos questionados se manifestam contra um ataque. Por isso, os legisladores não podem admitir uma reação negativa de seus eleitores."

Entre os que insistem em atacar a Síria figura o republicano John McCain, batizado de "falcão" nos círculos políticos. McCain afirma que “mesmo uma operação militar limitada é insuficiente", apontando a necessidade de "aniquilar a infraestrutura militar das tropas sírias". Se o Congresso declinar a resolução proposta pela Casa Branca, tal passo será, no parecer do senador, uma "autêntica catástrofe":

"Se o Congresso votar contra após a evidente intenção presidencial de agir, as consequências disso serão catastróficas! Isto vai abalar o prestígio dos EUA aos olhos de nossos amigos e inimigos."

Enquanto isso, o já citado Martin Dempsey deu a entender que considera a campanha anti-síria "um luxo exorbitante" que, por um lado, será um pesado fardo orçamental, e, por outro lado, "poderá provocar efeitos imprevisíveis".

Segundo acrescenta Fyodor Voytolovsky, a votação no Congresso irá revelar os propósitos reais avançados por John Kerry e Chuck Hagel:

"Queria chamar atenção para o fato de ambos terem cumprido funções de senadores. John Kerry até chegou a chefiar a comissão parlamentar para os assuntos internacionais. São as pessoas de grande influência no Congresso. Quanto mais prolongado for o processo decisório, tanto mais fácil será entender o interesse de ambos na ação militar ou no recurso a meios políticos que lhes permitam "manter o prestígio"."

Vale completar que um grupo de deputados do Parlamento russo tenciona reunir-se com seus colegas norte-americanos. O anúncio foi feito pelo presidente da Duma de Estado, Serguei Naryshkin e pela presidente do Conselho da Federação, Valentina Matvienko. Os representantes da Rússia esperam convencer seus colegas sobre a necessidade de assumirem uma posição ponderada na questão síria.

Convém recordar ainda que o aliado mais próximo dos EUA, a Grã-Bretanha, deu-lhes uma notícia desagradável: o Parlamento do Reino Unido, se recusou, por maioria dos votos, a apoiar a participação do país na campanha militar contra a Síria. A OTAN também se manteve renitente. "Não vejo que papel poderá a Aliança Atlântica vir a desempenhar na operação internacional contra o regime sírio", declarou o secretário-geral deste bloco político-militar, Anders Fogh Rasmussen.

Fonte: Voz da Rússia

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