O Ministério da Justiça da Arábia Saudita deu autorização, pela primeira vez, para que quatro advogadas exercerçam a profissão no país, informou nesta segunda-feira o jornal estatal "Okaz".
Em declarações ao veículo, uma das advogadas, Bayan Zahran, explicou que, com a autorização governamental, elas poderão se registrar no Sindicato dos Advogados e terão direito a representar clientes nos tribunais e abrir seus próprios escritórios.
Uma fonte do Ministério da Justiça ressaltou em declarações ao jornal que com essa medida as mulheres poderão trabalhar em todos os tipos de casos judiciais.
Para facilitar seu trabalho, os tribunais aplicarão um sistema para identificar as advogadas mediante suas impressões digitais, a fim de que elas não precisem retirar o "niqab" (véu que cobre todo o rosto, menos os olhos) cada vez que forem a uma audiência.
Até hoje, as mulheres só eram autorizadas a trabalhar como consultoras legais, não podendo representar clientes.
Em abril, as autoridades permitiram a uma advogada assistir a algumas sessões de julgamentos.
A Arábia Saudita é governada por uma monarquia com poderes absolutos e nela rege uma estrita interpretação da sharia (lei islâmica), que impõe a segregação de sexos em espaços públicos.
As mulheres não podem dirigir nem viajar para o exterior sem um homem da família, entre muitas outras restrições.
Fonte: EFE
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