quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

ELEIÇÕES NA UCRÂNIA SÃO INCERTAS


Tamas Pal, colaborador científico do Instituto de Sociologia da Academia de Ciências da Hungria, falou à Voz da Rússia sobre a situação em evolução impetuosa na Ucrânia e os novos e antigos personagens no palco político do país.

– Pelo qual cenário podem desenvolver-se os acontecimentos na Ucrânia?

– O primeiro é o agravamento da situação. Os nacionalistas da Ucrânia Ocidental não estão dispostos a uma pacificação. Quando os políticos moderados ou democráticos lhes diziam sobre a necessidade de um compromisso com a parte da população ucraniana que não os entende e não quer ver, eles não atendiam a estas palavras e atuavam segundo sua lógica. Já anularam uma lei sobre a política linguística, que introduziu o estatuto de língua regional. Para mim, este é um mau sinal para o Leste e o Sul da Ucrânia. Pode formar-se uma situação em que as eleições não acontecerão ou serão declaradas ilegítimas em algumas regiões do país. Diria que tal situação está próxima de uma guerra civil.

A segunda variante consiste em que possam ser eleitos políticos oposicionistas mais ou menos moderados e até ingênuos, em outras palavras. Com certeza, neste caso o boxeador será o primeiro: entende pouco, mas é um homem esbelto e, aos olhos de muitas pessoas, tem bons modos, não dizia nem fazia porcarias, o que também é uma dignidade na política ucraniana.

A terceira variante é Poroshenko considerado por muitos ucranianos como o único político profissional e sensato na atual situação.

– E o que indicam pesquisas de opinião pública?

– Neste caso, a meu ver, as pesquisas não são necessárias. São boas numa situação estável e tranquila, quando já se revelaram as simpatias e antipatias. Numa situação instável seria irrazoável predizer quais serão as eleições do fim de maio.

Como sociólogo, acompanho os resultados do trabalho de meus colegas na Ucrânia, mas é pouco provável que um sério profissional pegue agora nesse assunto. Por outro lado, ninguém pode prever, se os próprios figurantes de pesquisas estejam no local dentro de um tempo.

– Será que a segunda vinda da antiga primeira-ministra Yulia Tymoshenko é capaz de alterar algo?

– Penso que não. Tymoshenko já está no passado. Alguns partidos ucranianos, em particular o partido Svoboda (Liberdade), já disseram: obrigado, Yulia, mas não precisamos de você. Ela é uma etapa percorrida. Claro que Tymoshenko é bem vista nas telas, mas ficarei muito surpreendido, se ela conseguir algo.

Fonte: Voz da Rússia

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