quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

LIBERTADORES SÃO VÍTIMAS DO VANDALISMO POR PARTE DOS LIBERTADOS


É pouco provável que no século XXI comece a Terceira Guerra Mundial, mas é fato irrefutável que na Europa Oriental foi declarada guerra aos monumentos aos soldados-libertadores soviéticos.

Por exemplo, em Praga um pintor local organizou o chamado performance pintando de cor de rosa o famoso tanque T-34, instalado em homenagem à libertação desta cidade em maio de 1945. E, além disso, fê-lo “navegar” pelo rio Vltava. Em Brno o chefe da administração local lança-se contra o monumento tumular aos soldados russos e arranca dele a foice e martelo. O mundialmente famoso Aliosha, monumento aos soldados soviéticos – libertadores da Bulgária, que se encontra na cidade búlgara de Plovdiv, foi revestido com capa vermelha. O seu rosto foi tapado com uma mascara negra de maneira que o soldado soviético passasse a ter de longe o aspecto de Zorro. E ninguém sabe ao certo a quantos ataques foi submetido o complexo memorial aos libertadores soviéticos na colina Gellert, em Budapeste.

A “guerra” que os vândalos travam contra o monumento ao Exército Soviético no centro da capital búlgara tambem é de longa data. Em 2011 alguém pintou os baixos-relevos dos soldados soviéticos transformando-os em Superman, Jocker, Santa Claus e Ronald McDonalds. As autoridades búlgaras acabam por não encontrar os criminosos.

Como se sabe, um mal, que não é punido, acaba por retornar. Nestes dias, alguém resolveu utilizar o monumento ao exército- libertador soviético em Sofia para tirar desforra pela... Ucrânia. O sentido da ação é mais ou menos seguinte: vocês não aprovam o caso e o regime de arbitrariedade que reinam lá, pois tomem esta – o monumento foi pintado com cores da bandeira ucraniana.
Foto: AFP

O pessoal do canal de televisão Euronews colocou na sua página oficial no Facebook a fotografia de uma moça, sendo o seu pano de fundo precisamente este monumento. Este ato já não pode ser qualificado como brincadeira de criança ou extravagância dos artistas-modernistas: é um passo consciente de vingança política. Mas vingança a quem? Aos que deram as suas vidas pelos que vivem hoje? O ministério das relações exteriores da Rússia exigiu que as autoridades búlgaras encontrem os responsáveis e manifestou a sua indignação ao canal de televisão.

A habitante de Sofia Tsvetelina Taseva, diretora geral da companhia de consultoria Advising Couching and Consulting, sente-se envergonhada pelas ações de seus concidadãos. Eis o que ela disse à Voz da Rússia.

"Aquilo que acontece com o monumento ao Exército Soviético em Sofia é um vandalismo de verdade. Os jovens, - muitos dos quais se dedicam a artesanatos artísticos, - nem sequer se dão conta a respeito dos acontecimentos, em homenagem dos quais ele tinha sido erigido. Eles lêem algo sobre a Rússia na Internet e procuram um meio de manifestar o seu descontentamento borrando o monumento que simboliza a vitória dos russos sobre o nazismo. E as autoridades fazem de conta que não percebem nada. Pode-se perguntar, quem é que deve guardar o monumento aos soldados que tinham lutado pela libertação da Europa? Por que ninguém se apressa a apagar nem sequer as insígnias do nazismo quando elas aparecem no monumento? Compreendo que tudo isso afeta dolorosamente os russos e uma vez que sou habitante de Sofia, quero pedir-lhes desculpas pelos desordeiros, cujos nomes nem sequer conheço."

A guerra contra os monumentos é sintoma da imaturidade da sociedade. A Rússia atravessou este período “púbere” em princípios da década de 90, quando foram demolidos vários monumentos a personalidades da época soviética. Hoje todos eles estão no parque de arte Muzeon no cais Krymskaya, em Moscou, que recebe regularmente excursões. É preciso conhecer a história e não descarregar a raiva por eventos do dia de hoje sobre os seus símbolos.

Na opinião de Tsvetelina Taseva, o tempo reservado nas escolas búlgaras ao estudo do período da Segunda Guerra Mundial é humilhantemente pequeno. Cresce uma nova geração que tem ideias vagas sobre a participação da Bulgária nesta guerra e sobre a libertação do país pelas tropas do Terceiro Frente Ucraniano do Exército Soviético. Por isso, os descendentes dos que foram libertados do nazismo, ousam profanar os monumentos aos soldados-libertadores russos.

Fonte: Voz da Rússia
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