quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O QUE ACONTECEU COM AS INVESTIGAÇÕES DA OPERAÇÃO CASTELO DE AREIA?


A Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, deparou com doações para integrantes do PSDB paulista. Um diretor da empreiteira Camargo Corrêa cita, em grampo da PF, depósitos para dois deputados federais tucanos: Arnaldo Madeira e Antônio Carlos Mendes Thame. O valor total é de R$ 75 mil.

A operação prendeu 10 pessoas e vasculhou 16 endereços, onde foram recolhidos computadores, armas, quadros, documentos e pelo menos R$ 1 milhão em dinheiro. A força-tarefa estava em busca de um pen drive onde estaria armazenada a suposta contabilidade paralela da organização e uma lista de políticos beneficiados.

Foram detidos quatro executivos da empreiteira foram detidos: Fernando Dias Gomes, Dárcio Brunato, Pietro Francisco Bianchi e Raggi Badra Neto. Também foram presas duas secretárias da diretoria, Marisa Berti Iaquino e Darcy Flores Alvarenga. Os quatro doleiros são: Jose Diney Mattos, Jadair Fernandes de Almeida, Maristela Brunet e Kurt Paul Pickel – este, suíço naturalizado brasileiro, é apontado como o articulador da parceria entre a cúpula da empreiteira, partidos e paraísos fiscais. A primeira etapa da investigação aponta para evasão de R$ 20 milhões, em estimativa da Procuradoria da República.

Sete partidos políticos (PPS, PSB, PDT, DEM, PP, PMDB e PSDB) são citados na operação como supostos destinatários de doações de recursos ilícitos a partir de esquema envolvendo diretores da construtora Camargo Corrêa e doleiros. Interceptações telefônicas da PF mostram investigados falando de políticos que teriam recebido dinheiro, entre eles os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) – R$ 300 mil para o primeiro, R$ 200 mil para o tucano. Os dois confirmaram a captação dos recursos, mas alegam que foram doações registradas na Justiça Eleitoral. Também há citações, em conversas de terceiros que a PF monitorou, ao empresário Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e a um diretor da entidade, identificado como Luiz Henrique.

O inquérito, iniciado em janeiro de 2008 – a partir de vigilância a um doleiro – aponta para Fernando Arruda Botelho, um dos sócios da Camargo Corrêa. Ele não teve sua prisão decretada, mas é alvo da investigação. A PF apreendeu armas em um cofre de Botelho. A investigação da PF sugere que Botelho teria participado da distribuição de doações da empreiteira para partidos. Ele é vice-presidente da Fiesp. Numa conversa telefônica captada pelos agentes, Botelho teria conversado sobre atrasos na liberação de recursos.

Fonte: Anonymous Brasil

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