A comoção provocada pela morte do cinegrafista Santiago Andrade não pode ser usada como instrumento de difamação, escreve o deputado.
Em artigo publicado nesta terça-feira 18 no jornal O Globo, o deputado estadual Marcelo Freixo classificou como “leviana” a tentativa do jornal de ligar o parlamentar e o seu partido, o PSOL, aos acusados de matar o cinegrafista Santiago Andrade.
Foi uma resposta ao noticiário e aos editoriais de O Globo, nos quais foi tratado como “inimigo da democracia”. “Achei interessante o grupo tocar no assunto. Afinal, no próximo 1º de abril, o golpe militar completa 50 anos e a empresa deve ter histórias palpitantes para contar”, ironizou, em referência ao apoio das organizações Globo ao golpe que destituiu o presidente João Goulart em 1964.
O deputado contesta o tom noticioso do diário, que o acusou de ter “comprovada proximidade com os black blocs”. “A comoção provocada pela morte do cinegrafista Santiago Andrade não pode ser usada como instrumento de difamação.”
Ele afirma que as “provas” alegadas pelo diário são resultado de “disse que disse” e contesta a forma com que foi gravada a ligação telefônica entre a ativista Elisa Quadros, a Sininho, com o advogado dos acusados pelo crime, Jonas Tadeu Nunes, no qual o deputado é citado.
Freixo diz estranhar a ausência de ressalvas sobre o advogado, condenado por danos morais, materiais e enriquecimento sem justificativa. “Jonas Tadeu Nunes reina sob os holofotes globais e leiloa informações. Quando acusa, recebe mais destaque do que o delegado responsável pelo inquérito”, escreveu.
Segundo o deputado, o contato dos manifestantes com ele são corriqueiros devido ao fato de presidir a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio. “Dezenas de pessoas me procuram para fazer denúncias.”
Ele contesta ainda as informações divulgadas pelo grupo de que criaria obstáculos para conceder entrevistas sobre o caso. “Só pedi que o tal documento me fosse encaminhado antes. Não posso falar sobre algo que desconheço.”
Sobre a tentativa do jornal em justificar, em editorial, o destaque dado em relações às “provas extremamente frágeis” sobre sua ligação com o grupo, Freixo escreveu: “O jornal tenta se esconder sob o manto da ‘missão jornalística’ para justificar o noticiário desmedido e leviano dirigido a mim e ao PSOL. O papel nobre que O Globo atribuiu a si mesmo (...) é mais uma tentativa de subestimar a inteligência de seus leitores”. O deputado disse não ver “tamanho ímpeto editorial” ao tratar das ligações do governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB) com o empresário Fernando Cavendish e ao fato de a primeira-dama, a advogada Adriana Alcelmo, ter contratos com concessionárias estaduais. Ao fim, chama a autocrítica publicada em O Globo de mambembe e finalizou: “pedir desculpas é um gesto que exige grandeza”.
No domingo, a cobertura de O Globo já havia sido alvo de criticas publicadas no próprio jornal, desta vez escrito por Caetano Veloso, colunista do diário. No texto, Caetano diz se questionar “qual exatamente será a intenção de O Globo ao estampar manchetes e editoriais induzindo seus leitores a ligarem Marcelo Freixo aos rapazes que lançaram o rojão que matou Santiago Andrade”. “Eu esperaria mais seriedade no trato de assunto tão grave.”
Fonte: Carta Capital
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