Desde as primeiras horas desta quinta-feira (12), estudantes da Escola Estadual Presidente Salvador Allende Gossens, que fica no Bairro Conjunto Residencial José Bonifácio, extremo leste de São Paulo, ocupam a unidade, em protesto contra o projeto de reorganização do ensino imposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). A escola consta na lista das 94 que devem ser fechadas a partir do ano que vem.
A ocupação foi decidida em assembleia ainda antes do horário de início das aulas. Os alunos também se organizaram para garantir a alimentação, segurança e limpeza do local. No início da manhã, a Polícia Militar esteve no local, buscando impedir a ocupação, inclusive com tentativa de forçar a entrada na escola ocupada, mas, segundo relatos, os estudantes teriam conseguido acordo com a PM para não invadir o prédio e manter o protesto.
A escola permanece aberta, e até às 9h cerca de 200 alunos participavam da ocupação, além de professores. Do lado de fora, pelo menos outra centena de estudantes e moradores da comunidade prestam apoio à ocupação.
Devido à distância e pouca visibilidade do bairro, os estudantes alertam para o risco de uma tentativa de despejo ilegal por parte dos policiais, mesmo sem a existência de um mandado judicial.
Bianca, de 15 anos, aluna do 1º ano, contou à RBA que os alunos não concordam com o fechamento da escola e temem ser mandados para unidades distantes, como no município vizinho de Suzano. “O pouco que a gente tem, querem tirar. A gente vai cuidar da escola, não vamos depredar nada.”
Ela diz que a escola não tem vagas ociosas, que todas as salas são plenamente utilizadas e que, nos finais de semana, a unidade também serve à comunidade, que utiliza a quadra como espaço de lazer. Outra aluna afirmou que são muitos os professores temporários e que, com o fechamento, deverão ser demitidos.
Depois da E.E Cefam Diadema, no ABC, e da E.E. Fernão Dias Paes, em Pinheiros, ocupadas desde terça-feira (10), a E.E. Salvador Allende é a terceira a ser ocupada na luta contra o fechamento de escolas e reorganização de ciclos propostas pelo governo estadual.
Uso da violência
Na manhã desta quarta-feira (11), os policiais militares voltaram a praticar violência, ferindo dois alunos. A estudante do Colégio Fernão Dias, Sandy, contou ao Portal Vermelho que o movimento começou por conta da luta contra reorganização e denuncia que a ação está sendo duramente reprimida pela PM. “A polícia que diz defender a população nos cercou e disparou tiros de borracha, quase fui acertada. Fui atingida por spray de pimenta, passei muito mal e ainda por cima os profissionais que estavam em uma ambulância negaram atendimento.”
Fonte: RBA
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