quinta-feira, 12 de novembro de 2015

BRASIL: MP DIZ QUE ROMPIMENTO DE BARRAGEM DA VALE FOI “ERRO E NEGLIGÊNCIA”


Um tsunami de lama tóxica. 

Assim descrevem as pessoas vítimas do rompimento de duas barreiras de contenção de rejeitos da mineradora Samarco, de propriedade da Vale, ocorrido na última quinta-feira (5) na região de Mariana, em Minas Gerais, devastando o distrito de Bento Rodrigues, na zona rural do município.

Segundo o Corpo de Bombeiros, três mortes foram confirmadas, mas há 24 pessoas desaparecidas e mais de 600 pessoas estão desabrigadas e alojadas no ginásio da cidade e em hotéis.

Na madrugada desde terça (10), a onda de lama chegou ao município de Colatina, no noroeste do Espírito Santo, tendo já passado pelo Rio Gualaxo do Norte, pelo Rio do Carmo e agora está se deslocando ao longo da calha do Rio Doce. De acordo com técnicos, a previsão é de que nesta quarta (11) chegue a Linhares.

De acordo com o Ministério Público (MP), não se trata de um acidente. A mineradora Samarco – controlada pela Vale e a BHP Billiton, empresa anglo-australiana e considerada a maior empresa de mineração do mundo – seriam responsáveis e, portanto, não se trata de uma fatalidade, mas de crime ambiental.

Segundo o MP, havia risco de rompimento das barragens. “Não foi acidente. Não foi fatalidade. O que houve foi um erro na operação e negligência no monitoramento”, disse o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

A mineradora é a 10ª maior exportadora do país. No ano passado faturou R$ 7,6 bilhões, sendo de R$ 2,8 bilhões de lucro líquido. No entanto, todo esse montante não garantiu os investimentos em uma simples sirene para alertar trabalhadores e a população da ruptura das barragens. 

Segundo o Núcleo de Combate a Crimes Ambientais do Ministério Público de Minas Gerais, a Samarco descumpriu as regras de licenciamento. A empresa, por sua vez, não se manifestou sobre as declarações do MP, apenas se limitou a informar que todos os procedimentos de segurança foram cumpridos.

O governo de Minas Gerais embargou todas atividades da mineradora na região do acidente. A empresa não poderá operar até que repare todos os danos causados pelo rompimento das barragens.

Nesta terça, a empresa anunciou a licença remunerada de 85% de seus 3.000 trabalhadores da unidade de Germano (MG), onde ocorreu o rompimento das barragens, e Ubu (ES), onde funciona a usina.

Até agora, a empresa não apresentou um plano de reparação e monitoramento dos danos. O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) já acionou a Samarco para que distribua água e monitore o Rio Doce no Espírito Santo. 


Do Portal Vermelho, com informações de agências

Segue o link do Canal no YouTube e o Blog
Gostaria de adicionar uma sugestão, colabore com o NÃO QUESTIONE

Este Blog tem finalidade informativa. Sendo assim, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, exercita-se das prerrogativas constantes dos incisos IV e IX, do artigo 5º, da Constituição Federal. Relembrando os referidos textos constitucionais, verifica-se: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV) e "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (inciso IX). As imagens contidas nesse blog foram retiradas da Internet. Caso os autores ou detentores dos direitos das mesmas se sintam lesados, favor entrar em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário