terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

CONSEQUÊNCIAS GLOBAIS DA CORRIDA ARMAMENTISTA NA ÁSIA


O vice-ministro da defesa dos EUA Frank Kendall declarou recentemente ao intervir no congresso dos EUA que a China destina recursos enormes para a modernização das suas forças armadas.

Ele afirmou que agora os EUA mantêm supremacia tecnológica firme sobre a República Popular da China, mas dentro de uns 5 ou 10 anos esta supremacia já não será mais garantida.

As forças armadas chinesas vencerão as francesas?

Esta declaração de Kendall não pode ser interpretada da outra maneira senão como uma prova do processo, já iniciado, de redução global da presença militar americana. Este processo foi predeterminado pela sequência de eventos que inclui o desencadeamento pelos americanos da guerra tresloucada no Iraque, a crise econômica americana e o posterior agravamento da concorrência com a China.

No auge da guerra no Iraque as prioridades da atividade americana na esfera de construção das forças armadas tinham um aspecto diferente. Foram reduzidos os programas prospectivos caros, destinados a criar novos tipos de armas para uma grande guerra contra a Rússia ou contra a China. Ainda no mandato de Jorge Bush foram feitos grandes esforços a fim de conseguir o consentimento do congresso para a redução da produção do caça moderno F-22, a mais poderosa aeronave deste tipo.

Foram reduzidas também as despesas com os armamentos navais e liquidado o programa “Sistemas de Combate do Futuro”. Todos os meios disponíveis eram utilizados para aumentar o número de brigadas de forças terrestres e para adquirir o material de guerra técnico especialmente destinado para a guerra antiguerrilha, por exemplo, de veículos aéreos não tripulados, os chamados drones, e os carros MRAP, com sistema de proteção contra minas. Considerava-se que a supremacia técnica dos EUA é suficiente para manter a predominância estável sobre a China mesmo nas condições de diminuição de investimentos.

Agora os EUA já saíram do Iraque sem alcançar um êxito decisivo e estão saindo do Afeganistão. Por isso, as prioridades de organização das forças armadas mudam novamente. Estas mudanças ocorrem nas condições em que os recursos orçamentários do país continuam limitados, enquanto que os recursos à disposição do adversário crescem inexoravelmente.

A resposta pode ser uma só – a diminuição do contingente total das tropas e a concentração das forças e recursos existentes contra um único inimigo. De acordo com Frank Kendall, hoje este inimigo é a China. Um resultado disso será a inevitável redução das possibilidades dos EUA de reagir a crises em outras partes do mundo. Uma nova campanha militar do tipo da iraquiana será futuramente impossível para os EUA não somente por força da situação política interna, mas também devido à ausência de recursos técnicos e financeiros indispensáveis.

Um resultado disso será dependência maior dos EUA em relação ao sistema de alianças. Os EUA procurarão garantir os seus interesses em outras regiões do mundo à custa da diplomacia e fornecimento de armamentos modernos aos seus parceiros a fim de concentrar as forças na confrontação com a China no oceano Pacífico.

Para a China a resposta natural e unicamente possível a isso será a criação do seu próprio sistema de alianças a fim de evitar o cerco e conseguir a retirada de uma parte de forças e recursos americanos da região Ásia-Pacífico.

Fonte: Voz da Rússia

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