segunda-feira, 9 de novembro de 2015

SOBREVIVENTES DO ABUSO INFANTIL USAM SUAS HISTÓRIAS EMOCIONANTESPARA TENTAR MUDAR O MUNDO


Quando a indiana Sangita (pseudônimo) tinha 9 anos, todos os dias ela pegava o ônibus para ir e voltar da escola. Mas assim que o motorista do veículo começou a abraçá-la, beijá-la e a tocar suas partes íntimas de forma totalmente descabida, o inferno começou. Foram seis meses até que ela tomasse coragem para falar sobre o assunto com alguém. E esta não foi a última vez que isso aconteceu.

Depois disso, um de seus primos passou alguns dias em sua casa e foi necessário compartilhar com ele a cama na hora de dormir. Por três vezes o garoto tentou tocá-la e até hoje ela luta contra a memória desses momentos. A sensação de impotência, de raiva e de medo, muito medo, caminham com ela até hoje, mesmo depois de adulta. Ela se lembra de como começou a usar roupas largas para tentar evitar situações assim e como pensava, erroneamente, que isso tudo acontecia porque ela, de alguma forma que não entendia, provocava.

Sangita (pseudônimo) foi abusada sexualmente duas vezes

Sangita é uma das milhões de crianças que passam por situações de abuso em todo o mundo. Essas crianças geralmente são abusadas por pessoas em que confiam e as situações por que passam as deixam marcadas para sempre. Por isso, em 1980, foi criada na Índia aBachpan Bachao Andolan (“Movimento pela Salvação da Infância”, em tradução livre), uma organização que busca expor e debater sobre o problema do abuso infantil, uma questão tão velada nas sociedades.

Por meio da campanha Full Stop, a organização convidou diversos adultos para falarem sobre seus casos de abuso e, por meio de seus relatos, mostrar ao mundo que este é um problema que precisa ser debatido e, sobretudo, resolvido. Não é nem preciso dizer que os relatos, em vídeo, são emocionantes. É também impressionante a semelhança com outros casos pelo mundo, inclusive no Brasil. Ainda acha que o movimento do #PrimeiroAssédio não passa de mimimi?

Confira o vídeo completo com a história de Sangita – as legendas estão em inglês.



Uma vez ainda criança, aos 9 anos, e novamente durante a adolescência


Foi meu motorista de ônibus e nós costumávamos ter uma boa relação


Mas até que um dia eu percebi que eu não gostava que ele me abraçasse, me beijasse ou chegasse muito perto


Eu tinha vergonha de mim mesma. Eu comecei a usar roupas largas.


Eu dormi por cinco minutos e então percebi que alguém estava fazendo algo errado


E isso aconteceu por mais duas, três noites porque nós estávamos dormindo na mesma cama e eu não tinha o que fazer


Porque eu não podia contar para a minha própria mãe. Eu não podia dizer: “você estava certa quando me dizia para manter distância dos garotos”


Ela espera educar crianças para que elas possam denunciar o abuso infantil


Todas as imagens: Reprodução YouTube

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