quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

MRE DA LÍBIA: "CONVERSAÇÕES SOBRE PRESOS RUSSOS SERÃO RETOMADAS IMEDIATAMENTE APÓS REGRESSO DA EMBAIXADA DA RÚSSIA"


Há dias, o embaixador russo na Líbia Ivan Molotkov declarou que antes do fim do ano um "grupo avançado" partiria para a Líbia, para estudar a possibilidade do regresso da embaixada da Rússia. Diplomatas russos abandonaram Trípoli em outubro, quando na capital líbia aconteciam confrontos entre agrupamentos armados.

O Ministro das Relações Exteriores líbio, Mohamed Abdelaziz, expressou esperança em uma entrevista exclusiva à Voz da Rússia que a Embaixada russa reinicie trabalhos em Trípoli o mais rapidamente possível.

– Senhor Ministro, há condições, a seu ver, para o regresso da embaixada russa para a Líbia?

– Primeiro, a decisão sobre a partida da embaixada russa de Trípoli foi tomada em outubro pelo embaixador da Rússia. Da nossa parte, em nome do governo da Líbia, expressamos imediatamente a disposição de garantir a segurança de diplomatas russos, em particular, de reforçar a guarda e de levar os funcionários da embaixada a um dos hotéis bem guardados. Isso foi proposto como uma medida provisória – até o momento quando a situação se tranquilizar. Mas a Sua Excelência o Senhor Embaixador da Rússia na Líbia expressou no entanto a vontade de partir em conjunto com seus funcionários para a Tunísia.

Atualmente, efetuamos consultas intensas com o governo da Rússia, em primeiro lugar com o MRE, sobre o regresso da embaixada para a Líbia. Foi-nos comunicado que já é tomada uma resolução sobre o regresso não para a sede da embaixada, mas, de qualquer modo, para um dos hotéis guardados.

Estamos plenamente preparados para o regresso da embaixada russa para a Líbia. Estamos valorizando as relações com a Rússia e aquilo que aconteceu não deve influir nessas relações. Esperamos que a equipe de diplomatas russos regresse o mais depressa possível para a Líbia, para restabelecer e reforçar os nossos laços.

– Será mais seguro em hotel?

– Esta é uma resolução do MRE da Rússia – a de escolher um outro local. Não fomos nós que tomámos tal decisão.

– Contatamos o senhor ministro em setembro durante a sua visita a Moscou, um mês antes do início das desordens em Trípoli e da partida da embaixada russa. O senhor disse na altura que dois russos – Shadrov e Dolgov, que a partir de 2011 se encontram numa prisão líbia, regressariam em breve à pátria. Como avança atualmente esse assunto?

– Por enquanto não concluímos o respectivo acordo sobre a extradição de pessoas condenadas para cumprirem pena no seu país de origem. A Líbia está plenamente disposta às conversações com a Rússia sobre o acordo que dará a possibilidade de os condenados regressarem à pátria. Espero que reiniciemos estas conversações logo após o regresso da embaixada russa para Trípoli.

– Naqueles tempos, senhor ministro, foi presa também a cidadã russa Ekaterina Ustyuzhaninova, acusada de assassinato de um cidadão líbio. Onde ela está? O que acontece com ela?

– Este caso continua a ser investigado. Foi assassinado um oficial líbio. Quanto ao que sei, ela é bem tratada. Investigadores esclarecem o que aconteceu e quais foram as causas.

– Sente-se que o senhor quer o regresso da embaixada da Rússia. Por que razão?

– Porque os confrontos entre alguns agrupamentos armados líbios, que motivaram a partida da embaixada, não são caraterísticos. Há muito que a situação tranquilizou. No entanto, devemos desenvolver as relações entre a Líbia e a Rússia.

Durante a visita de setembro, falei pessoalmente com o ministro das Relações Exteriores (da Rússia, Serguei) Lavrov e outras personalidades sobre muitas possibilidades. Falamos, inclusive, sobre a cooperação militar-técnica, sobre a preparação de quadros e a compra de armamentos. A Líbia está interessada em reforçar as relações com a Rússia. Sentimos na altura que a Rússia tem a mesma vontade.

– Como o senhor avalia os esforços da Rússia voltados para convocar uma conferência de paz para regularizar o conflito num outro país árabe, na Síria?

– Quanto a este tema, posso falar não apenas como chefe do MRE da Líbia, mas também em nome da Liga Árabe. Atualmente e até março de 2014, a Líbia é presidente do Conselho de Ministros daquela organização pan-árabe. Apoiamos a ideia de convocar uma conferência em Genebra dedicada à Síria. Estamos interessados em que a regularização do conflito sírio seja pacífica e política.

Por outro lado, não está claro por enquanto se esta conferência em Genebra dará resultados necessários. Mas se a Rússia e o ministro Lavrov considerarem necessário efetuar consultas adicionais conosco e com a Liga Árabe à respeito, estaremos dispostos a participar delas.

Fonte: Voz da Rússia

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