Esta coluna é dedicada a todos aqueles que, ancorados nos anos 50, ainda combatem a invenção do demônio chamada televisão. Por Nirlando Beirão.
Esta coluna é dedicada a todos aqueles que, ancorados nos anos 50, ainda combatem a invenção do demônio chamada televisão. São criaturas que deblateram contra tudo o que porventura venha a ser exibido na pequena tela, temerosos de ser confundidos com a audiência descerebrada do Ibope e convencidos por si mesmos, na condição de cultores da Grande Arte, da obrigação de guardar distância de um veículo tão medíocre.
Aí entra em cena o Big Brother Brasil, e até dá vontade de concordar com os megatérios do culto anti-TV. O BBB nos lembra, ano após ano, como a televisão é capaz de agasalhar, por debaixo daquele edredom ensebado, a vulgaridade e a promiscuidade.
Por uma semana, o BBB foi vizinho da série Amores Roubados, de George Moura. A melhor teledramaturgia estava condenada a ficar esperando pelo final tardio do pior entretenimento. Acontece que o sucesso de Amores Roubados foi tão espetacular que a Globo, em repente de bom senso, tratou de encurtar o blablablá de Bial e convivas.
Dez episódios de ritmo trepidante, atores afiados e belas imagens decretaram, para desencanto dos rabugentos, que: 1. Existe tevê de qualidade. 2. O público reconhece o que é bom. 3. O que é bom pode sobrepujar as algemas dos compromissos publicitários.
Amores Roubados se foi, o BBB vai se arrastar penosamente por uma eternidade. Dá para se perguntar como é possível a sobrevivência, em sua 14ª edição, de tamanho besteirol. O BBBampara-se hoje muito mais no frenesi das mídias sociais, nos comentários do Twitter, nas votações promovidas pelos portais de fofoca. O BBB é uma praça pública interativa para idiotas de todas as extrações. BBB é a televisão que não acredita na televisão. Amores Roubados é a televisão que acredita na televisão.
Fonte: Carta Capital - por Nirlando Beirão
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