quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

“OCIDENTE TENTA APAGAR FOGO UCRANIANO, JOGANDO GASOLINA”










Na capital da Ucrânia, a milícia tenta desalojar manifestantes de ruas centrais da cidade. Segundo declaram as autoridades, estas ações não perseguem o fim de dispersar a manifestação, mas libertar vias de trânsito. Contudo, agentes de estruturas judiciárias não conseguem cortar o cordão de pessoas.

O ministro das Relações Exteriores da Lituânia (país que assume atualmente a presidência rotativa na União Europeia), Linas Linkevicius, apelou a que as autoridades ucranianas ponham fim imediato à violência. Em suas palavras, o uso da força contra os manifestantes abalou o crédito de confiança em relação a Kiev. Ao mesmo tempo, políticos ocidentais estão apoiando a firmeza de oposicionistas: na véspera, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e a vice-secretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland, chegaram a Kiev.

Destacamentos antichoque ucranianos começaram nas altas horas da noite a remover barricadas no centro da cidade. Primeiro, foram desmontadas cercas em frente à sede da Prefeitura de Kiev, posteriormente os soldados desmontaram barricadas do lado da praça da Europa. Contudo, o acesso à Casa de Sindicados, onde se encontra o estado-maior oposicionista, continua a ser bloqueado por grupos de autodefesa dos manifestantes.

Segundo a informação do Ministério do Interior da Ucrânia, a milícia não utiliza quaisquer meios especiais, tendo por objetivo principal libertar ruas centrais para restabelecer o trânsito na cidade e não pretende dispersar o comício. Mas essas ações são suficientes para causar o descontentamento do Ocidente que apoia abertamente a oposição ucraniana, diz o diretor do Centro de Pesquisas Eurasiáticas na Ucrânia, Vladimir Kornilov:

“Representantes do Ocidente falam francamente que estão interessados na continuação dos chamados atos pacíficos de protesto e têm encontros tanto com as autoridades, como com a oposição. Victoria Nuland disse quepor enquanto não há motivos para aplicar sanções em relação a Yanukovich. A meu ver, a oposição irá “emendar” esta situação. Atualmente, em Kiev, encontram-se representantes de estabelecimentos diplomáticos do Ocidente, da Europa e dos Estados Unidos. Com certeza, o uso da força em sua presença equivale a conceder um trunfo à oposição. Por outro lado, os acontecimentos desta noite, quando a milícia, sem recorrer a medidas duras e à violência, desalojava manifestantes dos territórios ilegalmente ocupados, serão suficientes”.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e a vice-secretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland, que acabam de chegar a Kiev, já tiveram encontros com as autoridades do país e com a oposição e deram a entender do que lado estão. Essa visita tem por objetivo obrigar a Ucrânia a assinar o acordo cabal nas condições da União Europeia, não duvida o vice-diretor do Instituto dos Países da CEI, Igor Shishkin:

“A sua visita mostra que o Ocidente nem tenta dissimular a sua intervenção aberta nesse processo. A mais interessante é a visita de Nuland. Até o último momento, os Estados Unidos tentavam encontrar-se na sombra dos últimos acontecimentos. Mas agora a situação entrou numa fase crítica: a Polônia e burocratas de Bruxelas não justificaram a confiança. O cliente foi obrigado a sair da sombra. As tentativas de agir com a ajuda de mãos alheios fracassaram e Victoria Nuland revelou abertamente os interesses dos EUA”.

Enquanto o poder ucraniano está ocupando uma posição indecisa, os representantes do Ocidente aplicam tecnologias de revolução testadas repetidas vezes em outros países. Quanto a Viktor Yanukovich, ele é forçado a capitular, considera Serguei Chelemendik, politólogo de Bratislava e antigo deputado do Conselho Nacional Eslovaco e da OSCE:

“Tanto que a situação pode levar não simplesmente à cisão do país, mas também a consequências geopolíticas mais profundas, irão responder por estas ações políticos ocidentais que de fato tentam apagar o fogo ucraniano, jogando gasolina”.

Entretanto, a oposição, estimulada por forças ocidentais, continua a defender os territórios ilegalmente ocupados. Manifestantes estão renunciando a abandonar a sede da Prefeitura de Kiev, bandeiras da Ucrânia e de Kiev são expostas em janelas, oposicionistas jogam água sobre ónibuses da milícia, que bloqueiam a entrada no prédio.

Fonte: Voz da Rússia

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